martins em pauta

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Laudo do ITEP atesta que irmãos sofreram tiros à queima roupa

Família contesta versão da polícia de que os dois praticaram assalto e trocaram tiros com policiais em Umarizal









Velório de irmãos mortos em Umarizal foi marcado por revolta e dor

O laudo cadavérico realizado por uma equipe do Instituto Técnico Científico de Polícia (ITEP) de Mossoró atestou que os irmãos Maxuel Alisson Torquato Cosmo, 28, e Antônio Márcio Torquato Cosmo, 27, foram vítimas de tiros à queima-roupa. Este resultado foi comunicado à família das vítimas pela própria equipe do ITEP, após a conclusão dos exames de cadáveres.

Com base no resultado desse laudo, a família dos irmãos Alisson e Márcio ou “Alinho” e “Marcinho”, como eram mais conhecidos pelos familiares e amigos, contestam a versão dada pela polícia de que as vítimas foram mortas em uma troca de tiros, após terem praticado assalto na cidade de Umarizal. “Não aceitamos essa versão, porque se houve troca de tiros como é que eles foram mortos com disparos à queima roupa?”. A indagação é de um cunhado de Alisson, Fábio Igor Soares, 32. Ele adiantou à reportagem da GAZETA DO OESTE que a família vai exigir que a justiça seja feita e os verdadeiros fatos revelados.

A mãe de Alisson e Márcio, Marineide Torquato, muito abalada com a tragédia de perder dois filhos de forma trágica, fez um desabafo emocionado, dizendo que os filhos nunca precisaram roubar e nunca foram presos por roubo e muito menos por uso ou comércio de drogas. “Meus filhos não eram bandidos para serem mortos dessa forma. Eu quero saber da verdade, o porquê da polícia ter matado meus filhos”, desabafou.

ATIVIDADE – De acordo com a família das vítimas, Alisson e Márcio Torquato eram comerciantes e atualmente eram proprietários de duas lojas de confecções e variedades. Estavam investindo também em locação de imóveis, ou seja, financeiramente tinham uma vida equilibrada. Segundo Marineide (Mãe), os filhos haviam saído de casa na segunda-feira para deixar um parente na cidade de Lucrécia e ontem, quando foram mortos, estavam retornando para Mossoró. “Eu estava em casa quando soube da notícia e quando vi na internet meus filhos sendo chamados de bandidos nem sei explicar o que senti”, relatou.

Alisson e Márcio estavam sempre juntos na diversão e no trabalho

A esposa de Alisson, Iara Brígida, 23, comentou ainda que tudo que eles conseguiram reunir de patrimônio foi fruto de muito trabalho. “Nem mesmo quando atravessamos dificuldades financeiras passou por nossas cabeças roubar alguém, por isso não faz qualquer sentido tudo isso que falaram sobre eles dois”, acrescentou.

Os corpos dos irmãos Alisson e Márcio Torquato chegaram ao ITEP de Mossoró na noite de ontem, 20, e foram liberados na manhã de hoje, 21, por volta das 9h. O velório aconteceu na Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Centro. O cortejo até o Cemitério Novo, onde aconteceu o enterro, saiu às 16h50, em clima de muita emoção com grande participação de familiares e amigos das vítimas.

O Inquérito Policial que irá investigar as circunstâncias das duas mortes, um caso cercado de muitas dúvidas. Será conduzido pelo delegado da comarca de Patu, Getúlio de Medeiros. A GAZETA tentou manter contato com Getúlio hoje, 21, mas foi informada que ele se encontrava em Natal.

ENTENDA O CASO – Os irmãos Alisson e Márcio Torquatro trafegavam em um carro tipo Astra de cor preta e placa de Mossoró. Foram alvejados com vários tiros na cidade de Umarizal. A primeira notícia revelada pela polícia do município, que circulou em vários blogs da região, foi de que os irmãos, em companhia de uma terceira pessoa, que segundo a polícia conseguiu escapar do cerco, eram suspeitos de praticar assaltos na região.

Foi feito um cerco policial por que o carro das vítimas coincidia com a descrição dos comerciantes que foram assaltados. Segundo a polícia, houve um confronto e na troca de tiros os irmãos foram feridos. Segundo as primeiras informações, os policiais ainda chegaram a prestar socorro às vítimas que não resistiram aos ferimentos e morreram antes de chegar ao hospital de Umarizal.

FONTE GAZETA DO OESTE EDITADO POR MARTINS EM PAUTA

Um comentário:

  1. Olha, é o seguinte: é importante averiguar bem os fatos; se realmente eles forem inocentes, então se deve fazer justiça; caso não, que se cumpra o que se é de cumprir. Se de fato foi um equívoco ou um trabalho sujo que a banda podre costuma fazer, aí, meu amigo, é lamentável mesmo! ...Dentro dessa premissa, quem deveria estar no cemitério ou atrás das grades não está. Para todos os casos, que a justiça opere! É o meu desabafo!

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