Terça, 02 de dezembro de 2025
O grupo, formado por mais de 20 ex-funcionários, exige o pagamento integral das rescisões e das demais verbas trabalhistas, além de transparência sobre a situação financeira da empresa. Antes da recuperação judicial, o frigorífico havia apresentado um acordo que previa o pagamento parcelado das rescisões em pelo menos 15 vezes, além de 13º salário e férias. Com o pedido judicial, todas as verbas anteriores à data do anúncio foram congeladas, impedindo qualquer repasse imediato. A previsão é de que não haja liberação antes de 2026.
Com isso, os trabalhadores terão de aguardar o encerramento do processo de recuperação judicial, que pode se estender por até dois anos, para receber o que lhes é devido. Muitos relataram que dependiam das verbas rescisórias para manter o sustento de suas famílias.
Um dos operários descreveu a sensação de frustração:
“Me senti enganado. No dia que sugeriram fazer o acordo com a gente, já foi difícil aceitar esse parcelamento. Ontem era para terem pago a primeira parcela e nada. Nem satisfação. É injusto, eles agiram de má-fé.”.
A empresa, por sua vez, divulgou uma nota alegando que as medidas adotadas fazem parte de um processo de ajuste à “nova realidade nacional”, mencionando “impactada pelo aumento dos custos de matéria-prima, retração econômica, elevação das taxas de juros e restrição ao crédito”. No entanto, o frigorífico não esclareceu datas, nem formas, para quitar os valores devidos aos trabalhadores dispensados.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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