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quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Chanceler alemão volta a falar do Brasil e manda resposta a Lula

 Quinta, 20 de novembro de 2025

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Eu disse que a Alemanha é um dos países mais lindos do mundo, e isso provavelmente o presidente Lula também vai aceitar", afirmou Merz.

A polêmica começou na semana passada quando o líder alemão, em discurso no Congresso Alemão do Comércio, comentou sobre o retorno da delegação alemã após a visita ao Brasil.

"Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: 'Quem de vocês gostaria de ficar aqui?' Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, a noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos", declarou na ocasião.

O porta-voz do governo alemão, Stefan Kornelius, minimizou o incidente em entrevista a jornalistas. Ele disse que Merz não depreciou Belém ou o Brasil em seu discurso. "Gostaria de esclarecer mais uma vez o contexto, pois percebo uma certa agitação em torno deste tema que pouco tem a ver com os fatos", explicou Kornelius.

Lula respondeu às críticas do premiê alemão na terça-feira (18).

"O primeiro-ministro da Alemanha esses dias se queixou: 'ai eu fui no Pará, mas eu voltei logo porque eu gosto mesmo é de Berlim'. Ele, na verdade, devia ter ido num boteco no Pará. Ele, na verdade, deveria ter dançado no Pará. Ele, na verdade, deveria ter provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece pra ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém. E eu falava toda hora 'coma maniçoba'".

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), classificou a fala do primeiro-ministro alemão como "infeliz, arrogante e preconceituosa" na segunda-feira (17). A manifestação ocorreu após a passagem de Merz pela capital paraense durante a Cúpula de Líderes, evento que antecedeu a conferência climática da ONU, que continua até 21 de novembro.

O governador do Pará, Helder Barbalho, afirmou que a Amazônia recebeu os participantes internacionais "de portas abertas, com a força de um povo acolhedor". Barbalho mencionou que "quem ajudou a aquecer o planeta questiona o calor da Amazônia".

A repercussão das declarações de Merz chegou a outras regiões do Brasil. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), publicou na rede social X na terça-feira, chamando o primeiro-ministro alemão de "filhote de Hitler vagabundo" e "nazista".

Fonte: Jornal da Cidade Online

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