Sexta, 21 de novembro de 2025
A informação foi divulgada pelo Comitê por la Libertad de los Presos Políticos de Venezuela (Clippve) e confirmada por César Pérez Vivas, ex-governador de Táchira. Segundo a ONG, Orozco foi acusada de "traição à pátria", "incitação ao ódio" e "conspiração" em um processo marcado por "claras vulnerações ao direito à liberdade de expressão".
A prisão da médica ocorreu em agosto de 2024 na cidade de San Juan de Colón, próxima à fronteira com a Colômbia. Familiares e ativistas relatam que ela foi denunciada às autoridades por uma integrante dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), estrutura comunitária ligada ao governo chavista.
Pérez Vivas, que compartilhou detalhes do caso na plataforma X, afirmou que "a sentença, ditada pela juíza Luz Dary Moreno, é um ato perverso contra uma pessoa com graves problemas de saúde". O ex-governador informou que Orozco sofreu um infarto em setembro enquanto estava sob custódia da Polícia Nacional Bolivariana (PNB).
A situação de saúde da médica é agravada pelo fato de que ela convive com depressão crônica desde 2013, conforme destacado por Vivas.
A organização Foro Penal divulgou recentemente que a Venezuela mantém 882 presos políticos atualmente, incluindo civis e militares.
A censura veio travestida de procedimento legal: denúncia, defesa, sentença. É evidente que se trata de perseguição.
É assim que as ditaduras funcionam: simulam legalidade para fabricar legitimidade.
E nós não estamos tão longe disso.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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