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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

“No front da barbárie do Rio: operação revela que traficantes são bandidos — e não vítimas da sociedade” (veja o vídeo)

 Quarta, 29 de outubro de 2025





O que aconteceu

– Cerca de 2 500 agentes das forças de segurança participaram da ação, considerada a maior da história do estado.

– Os alvos principais eram lideranças da facção Comando Vermelho, que opera no tráfico de drogas, armas e aliciamento de menores em várias comunidades do Rio.

– Durante a intervenção, foram usadas viaturas blindadas, helicópteros e até relatos de drones usados pelos criminosos para atacar policiais.

– O confronto provocou incêndios em barricadas, fechamento de escolas, interrupção de ônibus e grande temor entre moradores das comunidades envolvidas.

O problema da criminalidade — e a reflexão que se impõe

Este episódio reforça com brutal clareza que a criminalidade organizada no Rio e no Brasil já não é mero fruto de “exclusão social” ou “vitimização” circunstancial — estamos diante de grupos que exercem poder paralelo, traficam drogas em escala industrial, importam armas, recrutam jovens e desafiam o Estado.

A narrativa recorrente de que “o traficante é vítima da sociedade” não se sustenta frente a fatos como estes: corporações criminosas operando como verdadeiros “Estados dentro do Estado”.

É urgente reconhecer que:

• A presença desses grupos deteriora a vida de centenas de milhares de moradores de favelas, que vivem sob o jugo do medo, do controle territorial e da extorsão.

• A criminalidade não se limita à “falta de oportunidade” — ela se organiza, lucra, exporta e impõe regras.

• O enfrentamento exige mais do que retórica; exige políticas públicas de prevenção, repressão, inteligência, recuperação urbana e reinserção — mas também firmeza para não romantizar ou humanizar quem lucra com o caos.

Perspectivas e desafios

• Além da operação, resta saber como o Estado lidará com a retaliação: se haverá reforço permanente, apoio federal, e estratégia de longo prazo. O governador ressaltou que “o Rio está sozinho nesta guerra”.

• Há críticas de que operações tão violentas atingem em cheio comunidades vulneráveis, e que a “guerra às drogas” no modelo atual precisa ser revista.

• Mas a verdade incômoda permanece: traficantes armados, com drones e fuzis, não são vítimas passivas — são autores de violência sistemática.

Veja o vídeo:

Foto de Emílio Kerber Filho

Emílio Kerber Filho

Jornalista e escritor
Autor do livro “Por trás das grades - O diário de Anne Brasil”.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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Contato : (84) 9 9151-0643

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