Segunda, 11 de agosto de 2025
Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, declarou neste domingo (10/8) que “não vai parar” ou “desistir” até que o ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PL) esteja “livre”. Ele está em prisão domiciliar desde a última segunda-feira (4/8), decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A declaração na rede social X (ex-Twitter) foi em resposta a um internauta que declarou que “é mais importante o impeachment de [Alexandre de] Moraes do que libertar Bolsonaro”.
Em tom de ameaça em uma primeira publicação, mas sem citar Moraes, o ex-estrategista da campanha de comunicação de Trump, escreveu: “Libertem Bolsonaro… ou então”, em resposta a uma reportagem do jornal O Globo, na qual afirma que outros ministros da Corte estão “apavorados” com a possibilidade de serem enquadrados na Lei Magnistky.
Este é mais um episódio na escalada de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos. Em 30 de julho, Moraes foi sancionado pelo governo dos Estados Unidos. As medidas bloqueiam bens e contas nos EUA e proíbe a entrada em território norte-americano.
Dessa forma, Moraes torna-se alvo da legislação norte-americana criada em 2021, com o objetivo de punir autoridades internacionais acusadas de violação aos direitos humanos.
Na noite de sábado (9/8), o governo brasileiro rebateu a nova postagem da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, nas redes sociais, na qual o vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, fez ataques indiretos ao magistrado.
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que essa manifestação caracteriza um “novo ataque frontal à soberania brasileira e a uma democracia que, recentemente, derrotou uma tentativa de golpe de Estado”. A pasta reiterou, ainda, que o Brasil “não se curvará a pressões, venham de onde vierem”.
O governo brasileiro manifestou, também, “absoluto rechaço às reiteradas ingerências do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil”, e que sempre se posicionará contra ataques falsos, como as da postagem do subsecretário de Estado dos EUA.
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