Integrantes de quatro ministérios que participam da construção do projeto do governo, informaram, de forma reservada, que o Planalto quer enviar a proposta ao Congresso, se possível, na semana que vem. O envio, no entanto, depende ainda de uma costura do Planalto com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Risco de derrota
Ainda que a conjuntura tenha se tornado mais favorável à aprovação, o tema é considerado delicado em função do lobby exercido pelas big techs no Legislativo e pela mobilização da direita bolsonarista contra a matéria.
Em 2023, o governo enviou uma proposta para combater as fake news, mas o texto nunca avançou. De lá para cá, os ministérios trabalharam nessa nova versão, que prioriza a proteção dos usuários contra crimes.
O governo ainda não definiu se irá enviar, ao mesmo tempo, outro projeto que trata da regulação econômica das redes, com medidas antitruste. A decisão também dependerá de uma costura com a cúpula das Casas.
Diante do tarifaço de Donald Trump, o governo Lula abriu negociação com as big techs, sinalizando que poderia acolher as demandas das empresas do Vale do Silício no processo de regulamentação das plataformas.
A medida foi uma tentativa do governo Lula de demonstrar à Casa Branca e aos exportadores brasileiros uma disposição real de negociar. Hoje, no entanto, há um consenso no governo brasileiro de que não há interesse real da gestão Trump em abrir as tratativas.
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