Quarta, 02 de abril de 2025
A matéria, bastante detalhada, classifica o julgamento como um evento "arriscado" para o cenário político brasileiro
De acordo com o Financial Times, o inquérito que investiga uma suposta trama golpista aprofunda ainda mais a polarização do país, dividindo os brasileiros entre aqueles que defendem a inocência do ex-mandatário e os que clamam por sua punição.
Em entrevista ao Financial Times, Bolsonaro voltou a alegar que está sendo alvo de perseguição política e que a intenção do processo seria retirá-lo da disputa eleitoral em 2026.
“Eles querem remover qualquer chance de meu nome estar nas urnas ano que vem — declarou o ex-presidente.”
A reportagem também menciona a recente movimentação de Eduardo Bolsonaro (PL), que se licenciou da Câmara dos Deputados e viajou para os Estados Unidos. Segundo o periódico, essa decisão faz parte de uma estratégia para angariar apoio internacional.
O periódico britânico destaca que um dos principais riscos do julgamento reside na possibilidade de fortalecimento político de Jair Bolsonaro. O texto argumenta que o processo pode elevar sua popularidade e até mesmo convertê-lo em uma figura de mártir para seus apoiadores, algo similar ao que aconteceu nos Estados Unidos com Donald Trump após a invasão do Capitólio em 2021.
Além disso, a publicação também faz uma análise sobre a credibilidade da Suprema Corte brasileira, que, segundo o jornal, vem sendo alvo de questionamentos ao longo dos anos, especialmente após a anulação das condenações do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Como parte desse contexto, o Financial Times menciona o caso recente da cabeleireira Débora Rodrigues, que mobilizou setores da direita brasileira na última semana, ampliando o debate sobre o papel do Judiciário na política nacional. Rodrigues é acusada de ter pichado a estátua da Justiça, posicionada em frente à Corte, mas movimentou a classe ao ter uma pena sugerida de 14 anos. Na última sexta-feira, Moraes permitiu sua prisão domiciliar.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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