Sexta, 15 de novembro de 2024
Um dia depois das explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, relator na Corte dos inquéritos que investigam os atos violentos de 8 de janeiro de 2023, classificou o episódio como “um dos mais graves atentados” contra a instância máxima do Poder Judiciário brasileiro.
“O que ocorreu ontem no STF não é um fato isolado do contexto. Queria Deus, e a Polícia Federal vai analisar, os autos já estão com a presidência do STF, que seja um ato isolado. Mas é um contexto que se iniciou lá atrás, quando o famoso gabinete do ódio começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF principalmente, contra a autonomia do Judiciário, contra os ministros do Supremo”, afirmou Moraes.
“Nós não podemos ignorar o que ocorreu ontem, e o Ministério Público é uma instituição importante e vem fazendo esse trabalho de manutenção da democracia e no combate a esse extremismo que nasceu e cresceu no Brasil em tempos atuais. Nós precisamos continuar combatendo isso”, prosseguiu o ministro do Supremo.
Em seu pronunciamento sobre o suposto atentado contra o STF, Alexandre de Moraes rechaçou a hipótese de uma anistia aos condenados pelos ataques violentos de 8 de janeiro ao Supremo, ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto. O projeto de anistia vem sendo defendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A PF já está em vias de conclusão dos inquéritos dos autores intelectuais [do 8 de janeiro]. Mas isso não terminou, e ontem é uma demonstração de que só é possível essa necessária pacificação do país com a responsabilização de todos os criminosos. Não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos”, afirmou Moraes.
“O criminoso anistiado é um criminoso impune. E a impunidade vai gerar mais agressividade, como gerou ontem. As pessoas acham que podem vir até Brasília, tentar entrar no STF para explodir o STF, porque foram instigadas a agredir, a atacar”, disse o magistrado.
Fonte: Infomoney
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