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sábado, 12 de março de 2022

A bandidolatria que mata: "Quem poupa o lobo sacrifica a ovelha"

 Sábado, 12 de Março de 2022

Dias atrás policiais militares do RS prenderam um criminoso com cinco pistolas e um fuzil em Porto Alegre.

Segundo os policiais, o criminoso admitiu que fazia a segurança do líder de uma facção criminosa local, que estaria em uma casa próxima.

Mas, para a surpresa de todos, menos de 24 horas após a prisão, o bandido foi solto.

Segundo a juíza de plantão, mesmo estando com todo aquele armamento, o criminoso "não representava grave ameaça" à sociedade.

A magistrada jogou na lata do lixo todo o trabalho dos policiais que arriscam suas vidas em becos, confrontos e perseguições para prender bandidos e tirar de circulação armas que poderiam causar tragédias e ceifar a vida de inocentes nas mãos dos criminosos.

Mas, então o maior inimigo da impunidade no Brasil são as leis?

A resposta é não. As leis contribuem, especialmente num país em que menos de 3% dos crimes previstos no Código Penal obrigam o criminoso a iniciar o cumprimento de pena em regime fechado.

O principal propulsor da impunidade no Brasil é bandidolatria.

Esta ideologia enraizada nas escolas, universidades, cultura, no judiciário e em parte da sociedade que se deixou levar por esta lavagem cerebral de que o bandido é uma vítima da sociedade que não deu a ele nenhuma oportunidade, deixando como única saída o crime.

Neste caso por exemplo, as leis permitiriam que o criminoso ficasse preso. Inclusive o Ministério Público se manifestou neste sentido. Mas um entendimento benevolente e garantista fez com que o criminoso saísse pela porta da frente da Delegacia e chegasse em casa, aquela que ele foi flagrado cometendo crimes, antes mesmo do que os policiais que arriscaram sua vida para o prender.

Esse não é um caso isolado. Em 2019 no Paraná a PM prendeu um criminoso com um fuzil e além da juíza o soltar, mandou que os policiais se explicarem por que tinham levado o criminoso sem camisa para a delegacia. Casos como estes são apenas mais alguns episódios da impunidade alimentada pela bandidolatria que ninguém vê, mas todos sentem suas consequências nas ruas.

Há um velho ditado no meio policial que diz:

"Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha".

Espero que nenhum cidadão indefeso seja a próxima vítima deste criminoso solto pela cultura da bandidolatria.


Fonte: Jornal da Cidade Online

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