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quarta-feira, 10 de junho de 2020

Projeção é que Brasil pode sofrer com falta de 19 mil leitos de UTI no fim de junho

Quarta, 10 de Junho de 2020 

Foto: Paula Fróes/GOVBA

A disponibilidade de leitos nos hospitais brasileiros deve atingir a pior fase, com lotação e saturação do sistema, em cerca de 20 dias. A estimativa foi feita pela empresa americana Kearney, que trabalha com dados relacionados a cenários há mais de 80 anos.

Os sistemas de saúde de alguns estados do Brasil já se encontram saturados. A empresa estima que até o fim de junho o país vai sofrer com uma falta de aproximadamente 19 mil leitos de UTI para atender pacientes da Covid-19 em situação grave. As informações foram publicadas em reportagem do jornal Estado de São Paulo. 

A empresa considerou na projeção todos os leitos disponíveis, nas redes pública e privada, além dos anúncios de expansão de novos leitos remotos já feitos pelos governos estaduais e federal até o fim de maio. Esses dados são confrontados com os dados de expansão da doença no país, números de mortos e capacidade de atendimento, conforme a reportagem.

A matéria destaca que o Brasil contabiliza atualmente 34 mil leitos preparados para atender pacientes do coronavírus, dos quais 15,4 mil pertencem à rede pública e outros 18,6 mil aos hospitais privados. Ocorre que boa parte desses leitos – 17, 5 mil unidades – já está sendo utilizada por pessoas que sofrem com o coronavírus ou outras doenças. Sobram, portanto, 16,5 mil leitos para novos pacientes.

Foram levadas em conta pela Kearney variáveis que envolvem o comportamento da doença no país, com entrada e saída de pacientes.

A empresa concluiu que a demanda até o dia 30 de junho será de aproximadamente 32,8 mil leitos. Isso significa que faltarão cerca de 18,7 mil unidades para atender pacientes em situação grave. 

Os dados mostram outro problema: do déficit de 18,7 mil leitos, 17 mil serão sentidos na rede pública de saúde. Isso significa que a parcela da população mais impactada pela falta de leitos e atendimento será a mais pobre.

Por fim, a reportagem ressalta que o relatório apontou que “ainda não é hora de implementar reabertura em larga escala no Brasil”, apesar de muitos Estados e capitais já estarem sinalizando com a abertura de muitos comércios.

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