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sábado, 2 de abril de 2016

Ex-secretário do PT e empresário são presos pela Lava Jato

27ª etapa


A Polícia Federal (PF) cumpriu 12 mandados judiciais da 27ª fase da Operação Lava Jato em São Paulo desde a madrugada desta sexta-feira (1º). Foram presos temporariamente Silvio Pereira, ex-secretário geral do PT, e Ronan Maria Pinto, dono do jornal “Diário do Grande ABC” e de empresas do setor de transporte e coleta de lixo.

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares é alvo de condução coercitiva – quando uma pessoa é levada a depor mesmo contra a vontade. Ele chegou à sede da PF em São Paulo por volta das 8h, escoltado por agentes federais. Também é alvo de condução coercitiva o jornalista Breno Altmann, que foi levado para a sede da PF em Brasília.

A assessoria de imprensa de Ronan disse, em nota, que o empresário sempre esteve à disposição das autoridades de forma a esclarecer com total tranquilidade e isenção as dúvidas e as investigações do âmbito da Operação Lava Jato, assim como a citação indevida de seu nome. “Inclusive ampla e abertamente oferecendo-se de forma espontânea para prestar as informações que necessitassem”, diz a nota.


RESUMO DA 27ª FASE
A operação foi chamada de Carbono 14, porque remete a episódios antigos e não esclarecidos.

– Objetivo: descobrir os beneficiários do esquema investigado.
– Mandados judiciais: 2 de prisão, 2 de condução coercitiva e 8 de busca e apreensão.
– Presos temporários: Ronan Maria Pinto, empresário, e Silvio Pereira, ex-secretário geral do PTx.
– Conduções coercitivas: Breno Altman, jornalista, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
– O que descobriu: Um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai no banco Schahin, em 2004, tinha como um dos beneficiários finais Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões.
– O que falta apurar:
A razão do pagamento a Ronan Pinto;
Qual é a relação entre esse pagamento e o esquema de corrupção em Santo André;
Para onde foram os outros R$ 6 milhões do empréstimo.

A ação ocorre em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas empresas DNP Eventos, Expresso Santo André e no “Diário do Grande ABC”.

Entre os crimes investigados estão extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo período ou convertida em preventiva, que é quando o investigado fica preso à disposição da Justiça sem prazo pré-determinado.

Os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba, ainda nesta sexta-feira, de acordo com os delegados.


Fonte: Carlos Santos

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Contato : (84) 9 9151-0643

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