martins em pauta

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O comportamento vergonhoso de alguns jornalistas na cobertura de um ato da oposição

Sexta,16 de outubro de 2015 



Ou: A mistura de adesismo com burrice

POR REINALDO AZEVEDO

Abaixo, há um vídeo publicado pelo Movimento Brasil Livre. Renan Santos, que pertence ao MBL, faz uma pequena introdução, antes de exibir uma sequência realmente impressionante. E volta para arrematar. Posso discordar pontualmente de uma coisa outra que Santos diz. Mas, na essência, ele está certo. Assistam ao vídeo. Volto depois.
Que fique claro mais uma vez: era um evento que marcava a assinatura na nova denúncia contra a presidente Dilma, que inclui as pedaladas fiscais de 2015.

Hélio Bicudo foi submetido a um paredão, como se ele estivesse obrigado a atacar Eduardo Cunha para poder oferecer uma denúncia contra Dilma. Vamos lá. Em primeiro lugar, ele não está.

Em segundo lugar, mas não em ordem de importância, Cunha é o presidente da Câmara. Como responde Bicudo muito bem, ele conserva a sua função institucional, independentemente da acusação.

Mais: ele não foi nem condenado nem cassado. A exemplo de Dilma. Ou alguém ousaria dizer que, até que não se esclareçam as denúncias de Ricardo Pessoa, a presidente está proibida de tomar decisões?

O mais curioso: todos aqueles repórteres que estavam ali — todos mesmo! — têm, como uma de suas fontes, Edinho Silva, contra quem há um inquérito. Ele é o principal alvo da delação premiada de Pessoa.

Alguém viu Edinho enfrentar o paredão? Nunca vi!

Na nova denúncia contra Dilma, Renan fez a contagem, faz-se uma pergunta relacionada à presidente e 17 sobre Cunha.

Pior: alguns repórteres fazem questão de deixar claro que acham irrelevante a distinção entre a pessoa de Cunha e a função institucional do presidente da Câmara.

Cobram que Bicudo exija a saída de Cunha, mas nunca cobraram que Dilma demita Edinho. Ao contrário: o ministro é hoje um dos maiores hortelões da República, plantando notas nas colunas e textos de muitos que estavam ali para fuzilar Bicudo.

Não! Ninguém quer censura à imprensa. Eu não quero. O MBL não quer. Ninguém quer. Mas ela está sujeita a críticas, como qualquer ente da democracia.

Fonte: Carlos Skarlack

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Contato : (84) 9 9151-0643

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