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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Ao pedir prisão domiciliar, operador diz a juiz da Lava Jato que está 'ficando fraco' e chora

Quinta, 28 de Maio de 2015 


por Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt | Estadão Conteúdo
Juiz Sério Moro | Foto: Gil Ferreira / Agência Brasil

Preso pela Operação Lava Jato, o empresário Mário Frederico Mendonça Góes - suposto operador de propinas na Diretoria de Serviços, cota do PT no esquema de corrupção na Petrobras -, chorou diante do juiz federal Sérgio Moro. "Eu estou ficando fraco cada vez mais. Eu tenho problema, eu operei a coluna lombar. Eu tenho problema cervical. Para ficar sentar sentado é muito complicado, tenho que ficar deitado. Eu estava com a minha vida normal. Não estou reclamando de jeito nenhum das pessoas do sistema carcerário. Dentro da legalidade sou tratado com dignidade. Mas é diferente, minhas comidas eu não consigo. Tenho colite, diverticulite uma série de problemas digestivos. Isso vai me consumindo um pouco", justificou. Góes está preso em caráter preventivo, por ordem de Sérgio Moro. A audiência foi solicitada pela defesa de Góes para pedir conversão da custódia em regime domiciliar, "mesmo com uso de tornozeleira". A defesa orientou o prisioneiro a não falar sobre o mérito da acusação e argumentou que "a situação carcerária" do alvo da Lava Jato é incompatível com seu estado de saúde. O juiz da Lava Jato voltou-se para Góes e perguntou a ele. "Sr. Mário, tem alguma coisa que quer dizer diretamente?", questionou. Ele respondeu. "Eu gostaria de dizer o seguinte: eu não me nego a responder o processo, eu tenho um processo que vem de uma única acusação." Nesse momento, Góes começou a chorar. "O sr. pode tomar uma água se quiser", recomendou o juiz Sérgio Moro.

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