Processos contra prefeito de Coari devem ser prioridade do CNJ no AM.
Quatro juízes já foram punidos por suspeita de favorecer Adail Pinheiro.

Três juízes e cinco servidores, junto ao conselheiro Gilberto Martins, deverão acompanhar o conselheiro do CNJ na análise dos processos referentes à suposta rede de exploração sexual no município situado a 363km de Manaus. Ao todo, correm na Justiça do Amazonas, há seis anos, 70 processos contra Pinheiro.
Para o conselheiro do CNJ, um dos principais objetivos da inspeção é verificar se o prefeito de Coari está sendo beneficiado por uma rede de proteção dentro do Tribunal de Justiça. "Pela repercussão social dessa história, ela merece prioridade. Vamos verificar se está havendo morosidade ou algum tipo de proteção no processo, e se isso for descoberto há diversos tipos de punição", disse.

(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Em reportagem exibida no Fantástico no domingo (19), que exibiu novas denúncias contra o prefeito de Coari, o presidente do TJAM, Ari Moutinho, afirmou desconhecer a existência de uma rede de proteção a Adail Pinheiro. Ainda segundo Moutinho, "todos os processos deles estão tramitando de uma maneira muito rápida".
A lentidão nos processos envolvendo Pinheiro também já havia sido questionada, em setembro de 2013, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual da Câmara dos Deputados. Segundo a presidente da CPI, Érika Kokay, processos de 2008 foram distribuídos no TJAM somente em setembro de 2013, cinco anos depois, quando a CPI anunciou visita ao Amazonas. "Todos eles começaram a tramitar a partir do dia 19 de setembro, quando nós tornamos pública a nossa visita ao estado", explicou.
Fonte G1 Brasília Mariana sousa
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