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sexta-feira, 10 de junho de 2011

PBIO planeja investir R$ 2 mi no RN

A Petrobras Biocombustível deverá investir cerca de R$ 2 milhões no Programa Nacional de Biocombustível (PBIO) no Rio Grande do Norte, na safra 2010/2011, informou o diretor de Suprimento Agrícola da companhia, Jânio Luís da Rosa. Ontem, ele apresentou à governadora Rosalba Ciarlini os planos da empresa para o programa, voltado para a agricultura familiar.
júnior santosA mamona é um dos produtos que podem render biocombustívelA mamona é um dos produtos que podem render biocombustível

Jânio da Rosa disse que a Petrobras Biocombustível tem estudos que mostram um potencial de atingir 70 mil agricultores familiares, mas reconhece ser ainda "tímido" o número de cadastrados (1.386), distribuídos em 23 municípios das regiões do Seridó, Trairí e Oeste, incluindo o Alto Oeste, onde haverá prospecção de novas áreas de mamona. Em apenas seis municípios serão feitos plantios de girassol.

Rosa informou que a área cadastrada para o plantio de mamona e girassol na safra 2010/2011 é de 2.471 hectares, enquanto o volume de sementes selecionadas está sendo de 19 toneladas, com a garantia de compra de 330 toneladas dos dois tipos de oleaginosa.

Entraves

O diretor de Suprimento Agrícola da Petrobras Biocombustível admitiu que nos últimos três anos o programa enfrentou dificuldades. Uma das razões apontadas é o fato de a cultura do girassol ser uma experiência nova. Outros motivos seriam a faltava de conhecimento para os agricultores familiares do Rio Grande do Norte e a ausência de apoio do governo e de maquinário adequado, a exemplo de debulhadeiras. Tudo isso teria se aliado à descrença dos agricultores, devido a problemas em compras anteriores, como ocorreu em 2005 e 2006.

Quanto à questão da assistência técnica, Rosa explicou que a empresa já contratou duas cooperativas locais para prestar orientação aos agricultores - Terra Livre e Copagro, que vão dispor, juntas, de pelo menos 140 técnicos. Mas, na audiência que teve na Governadoria, ele disse que a governadora Rosalba Ciarlini comprometeu-se em apoiar o projeto através da Emater e da Emparn, por exemplo, que podem oferecer serviços de orientação técnica, extensão rural e pesquisa para os agricultores familiares que estão cadastrados para a safra 2010/2011.

Rosa informou que os agricultores terão a garantia de compra de toda sua produção, com os preços mínimos garantidos pelo governo, independentemente que haja quebra de safra por causa de seca, cheias ou pragas. O preço mínimo da mamona é de R$ 50 saca de 60Kg e o de girassol, de R$ 42 pela mesma saca.

No Rio Grande do Norte, acrescentou ele, o plantio das oleaginosas "é 80% consorciada com outras culturas, como feijão e milho", inclusive por questão alimentar". A estimativa é que nesta safra sejam colhidas 200 toneladas de mamona e 130 toneladas de girassol.

Rosa ainda disse que os contratos feitos com os agricultores familiares têm um prazo de cinco anos, mas que podem ser reavaliados anualmente de acordo com "as condições econômicas e financeiras" vigentes no país.

A expectativa é que consolidadas as parcerias com o Governo do Estado, o projeto de biocombustíveis da Petrobras no RN atinja cerca de 7 mil agricultores, número que representa 10% dos agricultores familiares com DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) válida em áreas já zoneadas pelo Ministério da Agricultura para as culturas de mamona e girassol.

Unidade de produção implantada em Guamaré será mista

O diretor de Suprimento Agrícola da Petrobras Biocombustível S/A, Jânio da Rosa, disse que não podia falar pela área industrial, mas confirmou que a empresa realiza estudos para transformar em unidade mista a unidade de pesquisa de biocombustível que existe hoje em Guamaré, inaugurada em 2006. A unidade é composta por duas usinas experimentais de produção desse tipo de combustível e, embora a própria companhia tenha divulgado planos para tanto, não opera de forma comercial. A adaptação para produção comercial era prevista para 2010.

Rosa disse que "tão logo esse estudo esteja concluído", o diretor da área industrial, Alberto Fontes, virá ao Rio Grande do Norte anunciar as mudanças que serão feitas na unidade.

Rosa informou que ao longo dos últimos anos, os investimentos da Petrobras no Rio Grande do Norte têm sido representativos, em especial, na área tecnológica dos biocombustíveis desenvolvendo tecnologia para produção de óleo a partir de microalgas. O objetivo é desenvolver uma nova alternativa de suprimento para produção de biodiesel. O projeto acontece em parceria com a UFRN.

"Queremos aproveitar o potencial do RN e, consequentemente, a inclusão socioeconômica e financeira do homem do campo. O Programa Nacional de Biocombustível do Governo Federal e o Projeto da Petrobras só obterá sucesso se houver participação do Governo Estadual" disse Jânio.

A governadora chegou a expressar preocupação com a garantia de compra da safra de mamona e girassol: "Não devemos pensar apenas em garantir a safra. A venda do produto é um ponto fundamental para ser pensado", alertou ela.

Fonte Tribuna do Norte editado por Martins em Pauta

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