martins em pauta

sexta-feira, 22 de abril de 2011

'Sentimento foi de ódio', diz coveiro que enterrou corpo


Leandro Silva Oliveira afirma que nunca sentiu nada igual em três anos de profissão ao enterrar corpo do atirador de Realengo

Há três anos trabalhando como coveiro, Leandro Silva Oliveira, de 25 anos, disse que nunca sentiu nada igual no exercício da profissão. Coube a ele enterrar o corpo de Wellington Menezes de Oliveira, autor do massacre de 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, ocorrido no último dia 7.

O corpo do atirador foi enterrado na manhã desta sexta-feira (22), em uma cova rasa no cemitério do Caju, na zona portuária da cidade.

"O sentimento foi de ódio. Acho que um cara desses não merecia ser enterrado", diz o coveiro.

Leandro afirma que foi pego de surpresa ao saber que teria de enterrar o corpo do atirador. O sepultamento, segundo ele, ocorreu por volta das 8h30. "Eu estava bem mas cheguei aqui e encontrei essa tarefa."

Coveiro queria ver o rosto do atirador

O coveiro conta que o corpo exalava um cheiro muito forte em razão de ter ficado 15 dias no IML (Instituto Médico Legal). Segundo ele, dois funcionários da Santa Casa de Misericórdia o ajudaram na ação e todos queriam ver o rosto do atirador, mas não foram autorizados. O caixão com o corpo de Wellington chegou fechado ao cemitério e permaneceu assim até ser colocado dentro da cova.

O enterro de Wellington foi gratuito. Responsável pelo sepultamento, a Santa Casa de Misericórdia informa que, por dia, realiza de cinco a seis enterros no cemitério do Caju sem cobrar nada.

O atirador não foi enterrado como indigente porque o corpo saiu identificado do IML. Nenhum parente foi até o necrotério reconhecer o cadáver nem compareceu ao sepultamento.

Fonte Ig

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Contato : (84) 9 9151-0643

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