Terça, 02 de dezembro de 2025
O documento afirma que, com a nova estrutura, “gradativamente não será mais necessário o emprego das Forças Armadas” em operações de GLO, transferindo à União uma força policial permanente com atuação nacional — algo que, na prática, reduz o papel constitucional das Forças Armadas e amplia o poder direto do governo federal sobre a segurança interna.
A cartilha também recomenda uma PEC para instituir a nova corporação e a recriação do Ministério da Segurança Pública, concentrando sob o governo federal a PF, PRF, Polícia Ferroviária, Polícia Penal, Senasp e a própria Guarda Nacional.
O texto justifica a mudança afirmando que a Força Nacional atual “não tem estrutura hierárquica adequada” e depende de servidores cedidos pelos Estados.
A proposta ecoa mecanismos adotados por regimes como o da Venezuela, onde a substituição gradual do papel das Forças Armadas por forças civis subordinadas ao Executivo ajudou a criar um aparato de controle social e repressão política.
Ora, todos sabem que ao redefinir quem detém o monopólio da força, o projeto aproxima o Brasil de um modelo de centralização estatal que historicamente abre espaço para abusos — e levanta preocupações totalmente LEGÍTIMAS sobre o equilíbrio entre poder civil, militares e federação.
Leandro Ruschel.
Fonte: Jornal da Cidade Online

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