Terça, 28 de outubro de 2025
O Hospital Santa Rita é referência no tratamento oncológico do Espírito Santo e, além dos casos confirmados entre funcionários, há 12 suspeitas envolvendo acompanhantes de pacientes internados em outras unidades da Grande Vitória. Apesar da gravidade da situação, a Sesa reforçou que a doença não é transmissível de pessoa para pessoa, restringindo-se ao ambiente hospitalar.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, o centro cirúrgico fechado fica próximo à ala contaminada, responsável por atendimentos oncológicos do SUS e com cerca de 40 leitos. Outros dois centros continuam funcionando normalmente, com medidas adicionais de segurança.
As autoridades sanitárias trabalham com a hipótese de que a contaminação tenha sido provocada por uma bactéria ou fungo, possivelmente ligados a falhas no sistema de água ou no ar-condicionado. O Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) está conduzindo os exames, e os resultados devem ser divulgados até o fim da próxima semana. A Fiocruz, no Rio de Janeiro, também recebeu amostras para análise mais detalhada.
Até o momento, 33 profissionais foram diagnosticados com a infecção — seis continuam internados (três em enfermaria e três em UTI), enquanto dois já receberam alta. Não há registros de pacientes com câncer infectados. Os imunodeprimidos foram transferidos preventivamente para outras alas.
Conforme nota do hospital, os primeiros sintomas entre os profissionais surgiram em 13 de outubro, com febre, dor no corpo, mal-estar e cefaleia. Nos dias seguintes, alguns apresentaram dor torácica, o que levou à internação. Exames de imagem apontaram alterações semelhantes nos pulmões, levantando a suspeita de um agente infeccioso comum.
A Sesa instaurou uma sindicância para apurar eventuais falhas e prometeu divulgar boletins diários com atualizações sobre o surto. Desde 22 de outubro, o hospital suspendeu novas internações e intensificou a higienização dos ambientes afetados.
Outras unidades de saúde da Grande Vitória — como a Unimed Vitória e o Vitória Apart — também reforçaram os protocolos de biossegurança e voltaram a exigir o uso de máscaras em áreas assistenciais. A Secretaria Estadual de Saúde publicou ainda uma nota técnica orientando os hospitais a redobrarem os cuidados com higiene das mãos, controle de visitas e limpeza dos sistemas de ventilação.

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