Quinta, 11 de setembro de 2025
O número dos oito primeiros meses deste ano já se iguala ao total de PMs mortos no Estado em todo 2024. O Subtenente era casado e tinha três filhos. Ele havia ingressado na Corporação em 2002.
Dos 37 PMs mortos em 2025, seis estavam de serviço quando foram assassinados. Outras sete vítimas eram reformadas. Já os 24 restantes encontravam-se de folga no momento em que foram mortas. (Fonte: Extra Globo)
Que abominável conformidade é essa com a morte de Policiais Militares? Soldado morto, farda em outro? Governador, Ministério Público, Comissão de Direitos Humanos, pronunciem-se! Até quando ficarão omissos diante dessa violência que vem ceifando a vida de nossos Guerreiros impiedosamente?
A verdade é que o Estado perdeu o controle sobre a segurança, e não se inclua nessa perda qualquer parcela de culpa à Polícia Militar.
A verdade é que o Rio de Janeiro é palco de criminosos usando armamento de guerra e de Policiais usando pistola 9mm. Soma-se a isso a famigerada ADPF 635 impondo restrições às operações policiais. Um escárnio, um tapa na cara de quem, diuturnamente, coloca a própria vida em risco para sustentar uma ordem social da qual nem ele mesmo consegue usufruir.
O orgulho do Policial de usar a farda vem sendo substituído pelo medo de ser percebido com ela. Se existe a audácia de tirar a vida de um Agente da Lei, que é o braço forte do Estado, que dirá dos cidadãos comuns?
Criminoso que porta arma de guerra e mata Policial é terrorista!
A insensibilidade da imprensa com o tema também não pode ser esquecida. Policiais mortos raramente geram manchetes nos jornais, algo completamente diferente de países como os EUA, onde a morte de um Agente da Lei gera uma expressiva comoção social.
A perda de um Policial Militar é uma afronta não apenas à instituição, mas a toda a sociedade. No entanto, ao que parece, a sociedade não está nem aí para quem a defende. Criticam a letalidade policial, mas se calam diante da letalidade da marginalidade. Pintam criminosos como vítimas sociais, mas não têm a mesma compaixão pelos Policiais que tombam no cumprimento do dever.
Policial Militar não quer holofote, moções de bravura, estátua em praça pública. Ele quer ser tratado como ser humano. Ele quer um salário compatível com a importância de sua função. Ele quer um Judiciário que ofereça uma legislação penal específica para protegê-los.
A Associação de Oficiais Militares Estaduais – AME/RJ repudia a perda da vida de nossos Guerreiros e Guerreiras da Paz e se solidariza com a dor das famílias enlutadas, amigos e colegas de farda, ressaltando que, quando um Policial Militar tomba em serviço, a dor reverbera em toda a Corporação. Aos bravos Policiais Militares do Rio de Janeiro, não se deixem abater, não abaixem a cabeça. Sigam em frente, com firmeza e determinação. Vocês são os verdadeiros Guardiões da Lei, são indispensáveis e merecem respeito.
A VIDA DO POLICIAL IMPORTA!!! QUEM PROTEGE A POPULAÇÃO PRECISA SER PROTEGIDO!!!
José Maria de Oliveira. CEL PM. Presidente da AME/RJ.
Fonte: Jornal da Cidade Online
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