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quinta-feira, 1 de maio de 2025

Falso perito que agia para inocentar estupradores é retirado de circulação

 Quinta, 01 de de maio de 2025

Foi preso nesta segunda-feira (28), um homem identificado como Elvys Marcos Pereira Gomes, de 55 anos de idade, por se passar por perito judicial e tentar coagir adolescentes vítimas de estupro de vulnerável a alterarem seus depoimentos.

Ele foi preso em Manaus (AM), mas os casos aconteceram no município de Beruri (AM).

O falso perito coagiu quatro adolescentes, de idades de 13 a 15 anos, a mudarem os depoimentos na 80ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Beruri, onde foi denunciado o crime de estupro de vulnerável, praticado pelo pai e pelo avô delas, de 43 e 79 anos de idade, respectivamente.

A polícia teve acesso a dois vídeos em que Elvys Marcos interroga as vítimas, questionando se elas estariam felizes com as prisões do avô e do pai. Os homens foram presos em outubro de 2024. De acordo com a polícia, o suspeito não tem parentesco com as vítimas e nem com acusados do crime de estupro. A delegada também afirmou que há indícios de que o homem possa ter praticado o mesmo crime em outras cidades do Estado.

“Após a escuta dessas meninas e da prisão desses suspeitos, esse falso perito se apresentou na cidade como perito judicial, acompanhado de um advogado e passou a circular logo depois das prisões, onde ele indagava essas duas adolescentes sobre os fatos e responsabilizava elas pelas prisões“, explicou a delegada do caso.

Segundo a policial, nos vídeos, as vítimas aparecem bastante abaladas.

“É nítido a violência psicológica que ele pratica contra essas crianças, atribuindo a elas, questionando por que elas teriam denunciado o pai e dizendo que estava ali com o conhecimento da polícia para poder investigar aqueles fatos. Elas se mostram bastante abaladas e começam a dizer que não teria sido elas, mostrar que tem medo, a chorar, inclusive, se sentindo culpadas pela questão do pai estar preso”.

O delegado diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), Paulo Mavignier, afirmou que, após o caso, a polícia tomou conhecimento de que familiares, especificamente no município de Beruri, em caso de estupros de vulneráveis no seio familiar, acabam acobertando esses parentes. Mavignier reforça que a prática é crime.

A polícia apura se há participação de outros envolvidos no caso.

Fonte: Jornal da Cidade Online

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