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sábado, 6 de março de 2021

Butantan envia à Anvisa pedido para testar soro anti-Covid em humanos

Sábado, 06 de Março de 2021


Butantan envia à Anvisa pedido para testar soro anti-Covid em humanos
Foto: Reprodução / TV Globo


O Instituto Butantan enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pedido de autorização para realizar um estudo clínico do soro anticoronavírus, desenvolvido pelo Instituto desde o ano passado a partir do plasma de cavalos. As informações são do portal G1.

 

O objetivo do soro é amenizar os sintomas nas pessoas já infectadas. Ele não é capaz de curar e nem de prevenir a doença. A autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas que estão contaminadas pela doença e descobrir qual a dose necessária para obter os efeitos desejados.

 

O vírus inativo não provoca danos aos cavalos e nem se multiplica no organismo, mas estimula a produção de anticorpos. Os técnicos retiram o plasma do cavalo, que faz parte do sangue do animal, e levam para a sede do Butantan, na Zona Oeste de São Paulo. Os anticorpos são separados do plasma e se transformam em um soro anti-Covid. Os trabalhos são coordenados pelos médicos Esper Kallás e José Medina, da USP.

 

Uma vez autorizados, segundo Dimas Covas, diretor do Butantan, os testes serão feitos inicialmente com pacientes transplantados de rim, no Hospital do Rim, e pacientes comorbidades no Hospital das Clínicas. Ainda de acordo com ele, os resultados demonstraram que o soro é seguro e efetivo nos testes feitos em animais.

 

"Os animais que foram tratados tiveram seu pulmão protegido, ou seja, não desenvolveram a forma fatal da infecção pelo coronavírus, mostrando que os resultados de estudos em animais são extremamente promissores e esperamos que a mesma efetividade seja demonstrada agora nesses estudos clínicos que poderão ser autorizados", relatou Dimas.

 

O processo de fabricação do soro foi iniciado em uma fazenda do Instituto com os animais. A última fase de testes ocorreu em janeiro, quando os pesquisadores passaram a testar o vírus ativo da Covid.

 

"O soro foi inteiramente produzido no Butantan. O vírus foi isolado, inativado, e finalmente levado a imunizar os animais. O Butantan tem uma fazenda com 650 hectares e lá nós mantemos uma tropa de 800 cavalos. Alguns animais foram submetidos a esse vírus e na sequência produziram anticorpos. Esse plasma desses animais foi coletado e aí processado nas nossas instalações, dando origem ao produto", explicou o diretor do instituto.

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