Sexta, 11 de agosto de 2017

Uma empresa cujo sócio diretor está envolvido em suspeitas de irregularidades, como fraudes em licitação, venceu certame de R$ 8 milhões de reais para prestar serviço ambulatorial na Grande Natal e em Mossoró, onde ela cresceu exponencialmente durante a gestão do ex-prefeito Silveira Júnior.
Em novembro de 2012, o médico Franciso Diego Costa Dantas passou a integrar o quadro societário da Sama – Serviços de Assistência Médica e Ambulatorial LTDA.
Uma reportagem de 2014 do portalnoar.com jogou luz sobre a empresa. Já naquela época se questionava os contratos e o histórico de seu diretor.
Diego Costa Dantas tem ficha criminal de investigação por fraudes em licitação. Ele e mais quatro pessoas foram flagradas pela polícia na cidade de Teresina, capital do Piauí, em 2004, tentando fraudar uma prova de vestibular. No momento da abordagem, eles tinham gabaritos e sete aparelhos celulares. O grupo se livrou da condenação porque o crime prescreveu.
Em 2012, Diego foi acusado pelo Ministério Público Federal de atuar em novo esquema. Segundo o parquet, ele integrou um grupo que teria tentado fraudar uma licitação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) em Natal. À época, ele era o diretor da comissão de licitação, que foi feita e encerrada em menos de um mês. Esse processo se encontra em grau de recurso no Tribunal de Justiça.
A mais recente controvérsia de Diego Costa veio a público através de relatório de auditoria da Secretaria Estadual de Saúde sobre as relações entre a Associação Marca, pivô de um escândalo de fraudes em terceirizações na saúde de Natal e Mossoró, e o Hospital da Mulher, do qual Diego foi diretor.
Crescimento
Depois que Diego passou a integrar a sociedade da Sama, a empresa passou para seu domínio, já que sua participação nela se ampliou. De acordo com o aditivo nº 2 registrado na Jucern, Diego passou a ter quota de R$ 90 mil. Ele adquiriu o patrimônio de Habraão e Francisco Narcísio, que ficaram, cada um, com R$ 2 mil em quotas. O aditivo foi registrado em 14 de fevereiro de 2014, quando a Sama tinha capital social de R$ 100 mil.
Duas semanas depois disso, a prefeitura contratou a Sama, por inexigibilidade de licitação, por R$ 889.080,00. Em 22 abril, novo aditivo foi registrado na Jucern. Dessa vez, o capital social da Sama passava a um milhão de reais, com Diego Costa Dantas sendo detentor de R$ 750 mil. Os médicos Habraão Diógenes Bessa, Francisco Narcísio Bessa, Gilmar do Nascimento e Otávio Antonio Ferreira ficaram como titulares, cada um, de R$ 20 mil em quotas. Outros cinquenta médicos, que trabalham na rede municipal através da Sama, se juntaram à empresa, sendo, cada um, detentor de R$ 3 mil.
Outro lado
Em nota, a Sama divulgou que reafirma o compromisso de manter a qualidade dos serviços prestados, “que tem seu nível de excelência atestado pelas dezenas de contratantes, sobretudo em observância ao irreversível compromisso com os mais elevados padrões e princípios da conduta ética médica”.
À empresa, caberá cuidar dos plantões médicos nas UTIs dos hospitais Walfredo Gurgel, José Pedro Bezerra, Ruy Pereira Santos e Giselda Trigueiro, todos em Natal. Além deles, também cuidará do Deoclécio Marques (Parnamirim) e Tarcísio Maia (Mossoró).
Fonte: Blog do BG
Fonte: Blog do BG
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