Sábado, 26 de Março de 2016

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
Há 19 anos, Eugênio Aragão é professor de Direito da Universidade de Brasília. O recém-empossado ministro da Justiça, só não contava que seu novo cargo pudesse gerar problemas na continuidade de suas aulas. Aragão gerou polêmica em uma turma da universidade, ao afirmar em aula que os procuradores da Lava-jato poderiam participar de um reality show. No início deste mês, durante a primeira aula de Processo Penal, para estudantes do sétimo semestre, o ministro afirmou também que o ex-deputado federal pelo PT, José Genoíno, foi injustiçado ao ser condenado no mensalão. Os fatos aconteceram quando Eugênio já havia sido nomeado para a pasta, mas não havia tomado posse e as declarações logo repercutiram na internet. Na última quinta-feira (24), ao voltar para sala de aula, o professor informou aos alunos que vai deixar de lecionar. De acordo com ele entre as razões para deixar a função de professor estão à sobrecarga de trabalho a que seria submetido dali pra frente e a "quebra de confiança" para com seus alunos. De acordo com alunos da UNB, Aragão já era conhecido como um “professor polêmico”, por não fugir de debates políticos e instigar os alunos à reflexão. A Universidade de Brasília informou a rádio CBN que ainda não recebeu nenhum pedido de exoneração e evitou se manifestar sobre o conteúdo das aulas do, agora, ministro.
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