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segunda-feira, 30 de março de 2015

Delegados da Operação Zelotes defendem o fim de conselho da Receita Federal

Segunda, 30 de Março de 2015

por Andreza Matais, Fábio Fabrini e Célia Froufe | Estadão Conteúdo

Foto: Divulgação

Investigadores da Operação Zelotes que desbaratou esquema de corrupção para apagar ou reduzir multas de grandes empresas em discussão no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), defendem a extinção ou uma ampla reformulação do órgão, uma espécie de "tribunal" da Receita Federal. As investigações demonstraram que o atual modelo do Carf, sujeito à influência do setor externo e sem controle de atividades, favorece as fraudes. O esquema pode ter desviado R$ 19 bilhões dos cofres públicos entre 2005 e 2015, segundo a Polícia Federal e a Procuradoria da República no Distrito Federal. O Ministério da Fazenda anunciou que vai instaurar processos administrativos de responsabilização contra empresas envolvidas. O Banco Central informou que acompanha a situação das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional (SFN). O jornal O Estado de S. Paulo revelou no sábado, 27, que entre as empresas investigadas por negociar ou pagar suborno a conselheiros para reverter multas da Receita estão gigantes de vários setores, entre eles os bancos Bradesco, Santander, Safra e Bank Boston; as montadoras Ford e Mitsubishi; a BRF, do setor alimentício; a Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, além da Petrobras e da Camargo Corrêa, já envolvidas no esquema da Lava Jato. As empresas negam envolvimento. Em nota, a Fazenda informou que estão sendo instaurados "processos administrativos de responsabilização contra as empresas envolvidas". A pasta não se pronunciou sobre a lista divulgada pelo jornal, justificando que o caso está sob sigilo.

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Contato : (84) 9 9151-0643

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