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sábado, 3 de janeiro de 2015

Extintor do tipo ABC está em falta em diversas regiões; multa será mantida

Sábado, 03 de janeiro de 2015


Desde a última quinta-feira (1), todos os veículos em circulação no país devem ter extintor do tipo ABC - até então, os do tipo BC também valiam. A resolução que definiu a mudança é de 2009, mas muito proprietários deixaram para a última hora e agora não encontram novo extintor para comprar em diversas regiões do Brasil. A mudança até mudou os planos da do réveillon da agente de viagens Amanda Ribeiro, 36 anos, que não conseguiu comprar o novo modelo, mesmo depois de passar por 15 estabelecimentos e rodar 30 km no dia 31 de dezembro. "Eu ia passar a virada em uma chácara em Cotia (na região metropolitana de São Paulo), mas voltei às 23h e passei em casa. Tem um posto policial na (rodovia) Raposo Tavares. Meu carro é 99. Foi para não arriscar, porque eles devem parar os carros mais velhos. A probabilidade de ter o extintor antigo é maior", afirmou. Desde 2005, todos os veículos novos já saíram de fábrica com os equipamentos do tipo ABC, de acordo com a resolução 157 do Contran. Quem rodar com o extintor fora das especificações, seja do tipo de aparelho, seja de validade, está cometendo infração grave, sujeito a multa de R$ 127,69 e inclusão de cinco pontos na carteira. E não terá desculpa. De acordo com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), não há nenhum estudo ou possibilidade de suspensão da multa no momento, por causa da dificuldade de encontrar o extintor nas lojas. A resolução de 2009 deu quase 5 anos para que todo mundo se adequasse, e a falta do produto no mercado é devido a falta de organização, segundo afirmou o órgão federal. A mudança ocorreu porque o extintor antigo, do tipo BC, é recomendado para materiais como líquidos inflamáveis e equipamentos elétricos. O ABC, além destes, também é capaz de combater incêndios em madeira e tecidos, materiais comuns em carros. Os últimos dias de 2014 tiveram alta procura pelo item obrigatório nos automóveis. No Espírito Santo, os extintores custavam R$ 80, mas segundo o responsável por um posto de gasolina, é provável que o preço aumente quando o produto voltar ao mercado, devido à grande procura. Em Fortaleza, uma das maiores lojas especializadas vendeu 3 mil unidades só em dezembro e o estoque acabou antes do Natal. Na capital do Acre, Rio Branco, o extintor chega a custar R$ 150 e há uma lista de espera. No Mato Grosso do Sul, o sindicato local de postos (Sinpetro) diz que é difícil de encontrar o produto há cerca de 30 dias. Em Marília, no interior de São Paulo, um posto vendeu em dezembro 6 vezes mais que o normal e ficou sem estoque. Em São José do Rio Preto (SP), uma loja vendeu 4 mil unidades em um só dia.

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