martins em pauta

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ministro afirma ser possível extradição de Pizzolato

Marco Aurélio Mello vê condições para extradiçãoMarco Aurélio Mello vê condições para extradiçãoO ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio, avaliou ontem ser possível a extradição de Henrique Pizzolato, condenado no julgamento do mensalão e que estava foragido da Justiça até ser preso anteontem na Itália.
"O que ocorre é que a Constituição italiana, ao contrário da brasileira, abre oportunidade à extradição do nacional desde que se tenha tratado versando essa extradição. E há o tratado Brasil-Itália, que viabiliza a entrega do nacional", afirmou.
O entendimento de Marco Aurélio diverge da análise feita pelo decano (integrante mais antigo) do Supremo, ministro Celso de Mello, para quem o pedido de extradição a ser feito pelo governo brasileiro é "inócuo".
Anteontem, Marco Aurélio havia dito que a extradição enfrentaria um "óbice" (empecilho) pelo fato de o condenado ter dupla cidadania. "O que nós temos é esse óbice da dupla nacionalidade quanto à extradição. Além disso, agora se tem mais um argumento à necessidade de ele responder pela prática criminosa que teria, não estou dizendo que ele cometeu, que teria sido cometida na Itália. Mas vamos esperar."
Fuga
Pizzolato deixou o país em setembro de 2013, dois meses antes de ter sua prisão decretada pelo STF, com o nome de Celso Pizzolato na cidade de Dionísio Cerqueira (SC). Entrou na Argentina em Bernardo de Irigoyen e viajou até Buenos Aires, onde pegou um voo para Barcelona, na Espanha.
A polícia argentina coletou foto e digitais de Pizzolato quando ele cruzou a fronteira com o nome de Celso. Essas digitais foram analisadas e se constatou que eram de Henrique, de acordo com a PF.
A Procuradoria-Geral da República informou que "deu início às providências necessárias" junto ao Ministério da Justiça e ao STF para pedir a extradição de Pizzolato.
Em nota, a Procuradoria disse na quarta-feira que vai traduzir documentos, como a certidão do trânsito em julgado (que atesta o fim do processo) e o mandado de prisão contra Pizzolato para, então, encaminhar o pedido de extradição ao Supremo.
O governo brasileiro tem até o dia 17 de março para requerer às autoridades italianas a extradição. Pelo tratado firmado entre os dois países, o Brasil tem 40 dias a contar a partir da data da prisão, ocorrida na quarta-feira (5), para enviar o pedido sob o risco de o ex-diretor do Banco do Brasil ser colocado em liberdade.

Fonte:O Mossoroense

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contato : (84) 9 9151-0643

Contato : (84) 9 9151-0643