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terça-feira, 22 de julho de 2025

A farsa travestida de “democracia” em reunião no Chile entre presidentes de 5 países

Terça, 22 de julho de 2025





A escolha simbólica não poderia ser mais contraditória. Invocar Che Guevara como inspiração para uma cúpula em defesa da democracia é um insulto às vítimas do autoritarismo marxista-leninista que ele ajudou a implantar. Che não foi um defensor das liberdades democráticas, foi um guerrilheiro que participou de execuções sumárias e ajudou a consolidar uma das ditaduras mais repressivas do continente.

O que une os cinco mandatários presentes é a afinidade ideológica de esquerda, ora socialista, ora abertamente comunista, além do apoio recorrente a regimes ditatoriais ou grupos terroristas, como o Hamas, a Venezuela de Maduro e a Nicarágua de Ortega. Falam de democracia enquanto elogiam tiranos, reprimem opositores e silenciam sobre violações gritantes de direitos humanos.

Dentre os temas abordados no encontro, um dos destaques é o “combate ao discurso de ódio nas plataformas digitais”, um tópico que, no caso do Brasil, beira a ironia.

Não me cabe fazer juízo sobre os demais países presentes. Mas a presença do governo brasileiro nesse tipo de discussão chega a ser cínica diante da realidade vivida internamente. No Brasil as instituições estão enfraquecidas, o Congresso Nacional, amedrontado e omisso, assiste calado à constante invasão de competências promovida por uma Suprema Corte que atua como legisladora e censora.

Há fortes suspeitas, já noticiadas, de que o governo mantém um "gabinete do ódio institucionalizado", sediado dentro do próprio Palácio do Planalto, financiado com dinheiro público, com o objetivo de atacar adversários políticos nas redes sociais, promovendo linchamentos digitais e desinformação.

Falar em democracia enquanto se omite diante do maior escândalo de corrupção previdenciária da história, o roubo de bilhões de reais de aposentados e pensionistas do INSS, é mais do que hipocrisia. É desonestidade política.

Além disso, o Brasil vive hoje um profundo isolamento diplomático, com relações estremecidas com os Estados Unidos, Israel e outras democracias relevantes. A política externa lulista se alinha mais a ditaduras e autocracias do que a regimes democráticos consolidados.

Não, o Brasil de Lula não tem legitimidade moral nem institucional para dar lições sobre democracia ao mundo.

Foto de Henrique Alves da Rocha

Henrique Alves da Rocha

Coronel da Polícia Militar do Estado de Sergipe.

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