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sábado, 9 de novembro de 2024

População que vive em favelas no Brasil é de 16,4 milhões de pessoas; crescimento de 43,5% entre 2010 e 2022, mostra IBGE

Sábado, 09 de novembro de 2024


Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O número de favelas quase dobrou no Brasil entre 2010 e 2022 e a população que mora nessas comunidades urbanas cresceu 43,5% no período, para 16,4 milhões de pessoas. A parcela da população brasileira que vive em favelas subiu de 6% para 8,1%, enquanto o número de cidades em que existe pelo menos uma dessas comunidades também dobrou.

O avanço da presença das favelas nos últimos anos no país está no estudo “Censo 2022: Favelas e Comunidades Urbanas”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2022, o Brasil tinha 12.348 favelas, ante 6.329 delas em 2010. A população saltou de 11.425.644 em 2010 para 16.390.815 em 2022, uma diferença de quase cinco milhões de pessoas. O contingente de moradores de favelas se equipara aos das populações das cidades de São Paulo, Salvador e Fortaleza somados.

O Censo Demográfico 2022 mostrou um maior espalhamento das favelas no território brasileiro. Dos 5.570 municípios do país, 656 tinham alguma favela em 2022, o dobro dos 323 de 2010.

Os dados mostram que as favelas e comunidades urbanas estão concentradas majoritariamente na faixa litorânea do país, afirma Gianella, especialmente no Sudeste e no Nordeste, além de aparecerem também ao longo da bacia amazônica e nas fronteiras agrícolas.

O Sudeste tem 6.060 favelas, quase metade (48,7%) das existentes no país, e concentra 43,4% da população que vive nessas comunidades urbanas. A fatia é um pouco maior que a região detém na população total do país, que é de 41,8%. O Nordeste, por sua vez, tem 26,8% das favelas e 28,3% da população que mora nesses locais.

Favelas com até 500 domicílios representavam, em 2022, 72,5% das 12.348 existentes no país. As comunidades urbanas com mais de 500 e menos de um mil domicílios eram 15,6% do total, enquanto apenas 11,9% tinham mais de um mil domicílios. “A grande maioria é de comunidades urbanas menores”, afirma Gianella.

Em 2022, 25 unidades da federação tinham mais de 50% de suas favelas localizadas em concentrações urbanas com núcleo na capital. Concentrações urbanas são aquelas em que há urbanização contínua com mais de 100 mil habitantes – de mais uma cidade – ou os municípios com 100 mil ou mais moradores.

Com informações de Valor Econômico

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