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sábado, 18 de maio de 2024

Tripulação segue presa em barco que derrubou ponte nos EUA há quase 2 meses; equipe não possui visto para desembarcar

Sábado, 18 de maio de 2024

Foto: Roberto Schmidt/AFP

A tripulação do navio cargueiro que se chocou contra uma ponte em Baltimore, nos EUA, no dia 26 de março continua presa na embarcação, sem permissão de autoridades americanas para sair.

O acidente matou seis pessoas e destruiu a ponte Francis Scott Key, ligação de 2,5 quilômetros que atravessa o rio Patapsco, próxima a um dos portos mais movimentados do país. Na última segunda-feira (13), parte dos destroços da ponte foram alvo de uma demolição controlada, em um esforço para liberar o navio e começar a reconstrução da estrutura.

Entretanto, os 21 membros da tripulação do cargueiro Dali, 20 indianos e um cingalês, estão proibidos de sair do navio por falta da documentação necessária, uma vez que os vistos que tinham já venceram desde o acidente. As autoridades também impedem sua saída por conta de uma investigação sobre as causas do ocorrido que está sendo conduzida pelo governo americano e pelo FBI. A polícia confiscou os celulares dos homens, os deixando sem nenhum contato com o mundo exterior por semanas.

As autoridades americanas, incluindo um almirante da Guarda Costeira, argumentam que a presença da equipe é necessária por serem as pessoas mais bem familiarizadas com o navio e cujo conhecimento da embarcação pode ser importante.

A tripulação não pode sair do barco nem durante a demolição de parte da ponte, que caiu em cima do navio e o deixou preso nos escombros. A operação visa remover os destroços e permitir que o navio cargueiro volte ao porto de Baltimore.

Um relatório preliminar do Conselho Nacional de Segurança de Transportes, órgão do governo dos EUA, apontou que o Dali, navio com bandeira de Singapura, sofreu dois apagões logo antes do acidente, e que já havia passado por problemas semelhantes no mesmo dia.

Segundo a mídia local, os homens receberam visitas de representantes sindicais, e receberam novos celulares, mas ainda não têm acesso a suas contas bancárias e outros dados.

“Pedimos que as autoridades levem em conta o fato de que marinheiros precisam de celulares para pagar contas e, principalmente, transferir dinheiro e sustentar suas famílias nos seus países de origem”, disse em nota o presidente do Sindicato Internacional de Marinheiros, David Heindel.

Folhapress

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