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domingo, 31 de dezembro de 2023

Ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un diz que guerra com o Sul está se tornando inevitável e pode ‘ocorrer a qualquer momento’

Domingo, 31 de dezembro de 2023

Foto: KCNA via REUTERS/Arquivo

A Coreia do Norte prometeu lançar três novos satélites espiões, construir drones militares e aumentar seu arsenal nuclear em 2024, e o ditador Kim Jong-un disse que a política dos Estados Unidos está tornando a guerra inevitável, informou a mídia estatal neste domingo, 31.

Kim criticou Washington em longas declarações que encerraram cinco dias de reuniões do partido governante. O encontro estabeleceu metas econômicas, militares e de política externa para 2024.

“Devido às ações imprudentes dos inimigos para nos invadir, é um fato consumado que uma guerra pode eclodir a qualquer momento na península coreana”, disse ele, segundo a agência de notícias estatal KCNA. Kim ordenou que o Exército se preparasse para “pacificar todo o território da Coreia do Sul”, inclusive com bombas nucleares, se necessário, em resposta a qualquer ataque. O discurso ocorre às portas de um ano que verá eleições decisivas tanto na Coreia do Sul quanto nos Estados Unidos.

Na quinta, 28, Kim pediu agilidade ao seu partido, exigindo que os preparativos da guerra fossem acelerados em diferentes setores como o de armas nucleares e defesa civil, segundo a KCNA.

Especialistas preveem que a Coreia do Norte manterá uma campanha de pressão militar para obter vantagem nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro, que poderiam ver o retorno do ex-presidente Donald Trump, que negociou tanto ameaças quanto diplomacia histórica com Kim. “Pyongyang pode estar esperando as eleições presidenciais dos Estados Unidos para ver o que suas provocações podem obter com a próxima gestão”, disse Leif-Eric Easley, professor de estudos internacionais na Universidade Ewha Womans em Seul.

O governo de Joe Biden diz estar aberto a negociações, mas impôs novas sanções à Coreia do Norte, que continuou com mais testes de mísseis proibidos pelas Nações Unidas. O ministério da Defesa de Seul condenou os planos de Pyongyang de prosseguir com suas ambições nucleares. “Se a Coreia do Norte tentar usar armas nucleares contra nós, retaliaremos de forma avassaladora, utilizando a dissuasão fortalecida da aliança com os EUA, e o regime de Kim Jong-un enfrentará seu fim”, disse a pasta em um comunicado.

O Ministério da Unificação de Seul disse em um comunicado que “novas provocações são sempre possíveis para destacar a presença da Coreia do Norte antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos”. “(A Coreia do Norte) pode manter sua postura linha-dura contra os Estados Unidos e buscar oportunidades para reverter a situação ao mesmo tempo.” Washington também aumentou os exercícios militares com submarinos e porta-aviões, perto da península coreana. Kim disse que o retorno de tais armas transformou a Coreia do Sul em uma “base militar avançada e arsenal nuclear” dos EUA.

“Se observarmos de perto as ações militares de confronto das forças inimigas, a palavra ‘guerra’ se tornou uma realidade palpável e não um conceito abstrato”, declarou o ditador. Kim disse que não tem escolha a não ser avançar com suas ambições nucleares e estabelecer relações mais profundas com outros países que se opõem aos americanos. Os principais aliados de Pyongyang na região são China e Rússia.

Estadão Conteúdo

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