Quarta, 03 de janeiro de 2024
A reitora da Universidade Harvard, Claudine Gay, renunciou nesta terça-feira (2) ao cargo.
Além de enfrentar um escândalo envolvendo plágio, que precede seu mandato, Claudine foi amplamente criticada pela falta de medidas para combater o antissemitismo que se intensificou nos campi dos Estados Unidos desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, em 7 de outubro do ano passado.
Em carta, a reitora lamentou:
“É com o coração pesado, mas com um profundo amor por Harvard, que escrevo para compartilhar que deixarei o cargo de presidente”.
E complementou:
“Após consultar os membros da Corporação, ficou claro que é do interesse de Harvard que eu renuncie, para que nossa comunidade possa navegar neste momento de desafio extraordinário com foco na instituição, e não em qualquer indivíduo.”
E disse ainda:
“Tem sido angustiante ter dúvidas sobre meus compromissos de enfrentar o ódio e de defender o rigor acadêmico – dois valores fundamentais para quem eu sou – e assustador ser submetida a ataques pessoais e ameaças alimentadas por questões raciais”.
A reitora deixa o cargo seis meses após assumir a liderança da mais prestigiada universidade americana. Ela foi a primeira presidente negra nos quase 400 anos de história de Harvard, e apenas a segunda mulher no posto.
Contribui decisivamente para a renúncia, sua medíocre participação em uma audiência no Congresso no mês passado a respeito de episódios de antissemitismo na universidade. Ela foi duramente criticada pela falta de respostas e medidas diretas para combater o assédio contra estudantes judeus em Harvard.
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