Domingo, 05 de novembro de 2023
O Brasil vem assistindo um verdadeiro show de vandalismo binacional.
É a primeira vez que eleitores da esquerda dos dois países se juntam para mostrar ao mundo que a imbecilidade humana não tem limite.
Não pense você que esses “torcedores” do Boca representam os argentinos – jamais! Da mesma forma, esses baderneiros travestidos de tricolores não representam a torcida do Fluminense.
Não se trata de briga de torcidas, mas sim, de um episódio inerente à segurança pública.
A rivalidade desportiva assumiu contornos mais expressivos, mais violentos.
A saudável competição entre dois times clássicos do esporte mais popular do Planeta perdeu espaço para a criminalidade típica dos países dominados pela esquerda maldita do terceiro mundo.
O Rio de Janeiro está dando um show! Os turistas de todos os seis continentes observam atentamente a alegria que seria aproveitarem suas próximas férias na Cidade Maravilhosa!
O mais interessante é o tratamento que a grande mídia dispensa aos protagonistas, como se fossem realmente integrantes da torcida do Fluminense.
Em meio à barbárie se vê de tudo – ladrões fantasiados com a camisa da equipe tricolor se infiltram nas confusões ou as provocam, justamente para poderem praticar seus furtos impunemente – e a conta vai para o time das Laranjeiras.
Por parte de “los hermanos”, antes mesmo de se dar início ao espetáculo de violência, os argentinos não perdoaram as brasileiras em Copacabana: não eram doces cantadas ou paqueras sedutoras, mas um desrespeito que maculava a dignidade da mulher carioca.
Mães de família, filhas e até avós que transitavam pelas ruas do bairro eram submetidas a uma abordagem que não se oferece nem mesmo às mais promíscuas das prostitutas.
O contingente policial, por mais reforçado que seja, não dá conta do volumoso rebanho de arruaceiros.
Esses vândalos representam o time argentino tanto quanto o Hamas representa o povo da Palestina: nada!
Do outro lado da cidade, na Barra da Tijuca, os torcedores do país vizinho que lá estão hospedados a espera da final da Libertadores, demonstram perplexidade diante do comportamento antissocial de seus patrícios – e não são poucos, pois o Rio foi invadido pela torcida gigante desse time de língua espanhola.
Contudo, o que mais chama a atenção em meio a essa verdadeira convulsão social é o racismo empreendido por aqueles que se acham os “suíços da América do Sul”. Culpa das nossas autoridades que não empreendem a energia necessária contra essa atitude cruel e desumana.
Não bastasse os esforços da nação brasileira para erradicar de vez essa prática covarde nas últimas décadas, os torcedores da Argentina chegaram a confeccionar camisas estampadas com um macaco, no intuito de ofender a alma do brasileiro. Pelos quatro cantos da cidade, não são raras as vezes que se observam mímicas que nos remetem ao simpático primata, praticadas por esses verdadeiros quadrúpedes, indiferentes à dor alheia.
Isso não tem perdão, da mesma forma que o tratamento dispensado por eles às nossas mulheres em Copacabana.
Faz-se mister sublinhar que desde janeiro desse ano que a Lei Federal nº 14.532 equipara o delito de injúria racial ao crime de racismo. Uma pena de detenção de 1 a 3 anos, passou para reclusão de 2 a 5. O crime tornou-se imprescritível e inafiançável – isso significa dizer que, uma vez preso em flagrante delito, o cidadão vai amargar, no mínimo, dez dias de cárcere.
Os dois primeiros dias são os piores, pois serão enjaulados no chamado “Ponto 0”, em Benfica, a espera da audiência de custódia. Lá se misturam presos de todas as facções criminosas – é o turbilhão da criminalidade. Em seguida são transferidos para uma das unidades do Complexo Penitenciário de Gericinó (em Bangu), onde desfrutarão do melhor tratamento dispensado pela nossa população carcerária.
Se o processo correr rápido, em menos de duas semanas terão seus pedidos de liberdade provisória analisados por um magistrado. Se o juiz não soltar, somente lhes restarão interpor pedido de Habeas Corpus a ser julgado pelo Tribunal de Justiça. Nesse caso, amargarão, no mínimo, um mês de hospedagem compulsória em nossas doces celas de Bangu. Em qualquer das duas situações, “los hermanos” sairão do cárcere com a dignidade mais ferida do que suas vítimas de racismo.
Fanatismo pelo futebol não é desculpa para a prática desse crime que causa repulsa na alma. Em que pese os esforços empreendidos pela Conmebol, não estão sendo suficientes para inibir essa prática nefasta dos torcedores.
O Estatuto do Torcedor (Lei Federal nº 10.671/2003), não poderá ser aplicado ao time argentino. Somente a Conmebol tem poderes para punir exemplarmente essa torcida, seja proibindo sua frequência aos estádios ou estabelecendo penas diretamente à agremiação esportiva.
A nação brasileira aguarda, ansiosamente, por uma resposta a altura dos crimes perpetrados por essa torcida nojenta que invadiu o nosso país com preconceito racial, no intuito de ofender a honra do povo brasileiro, independentemente do resultado desse campeonato internacional.
O espírito esportivo tem limites e não pode ser utilizado para escoimar essa atividade desprezível que é o racismo.
Carlos Fernando Maggiolo
Advogado criminalista e professor de Direito Penal. Crítico político e de segurança pública. Presidente da Associação dos Motociclistas do Estado do Rio de Janeiro – AMO-RJ.
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