Quarta, 08 de novembro de 2023
O homem que alegou ter matado a esposa indígena por estar possuído foi condenado a 33 anos de prisão, nesta segunda-feira (6), em Pacatuba, na Grande Fortaleza. O julgamento aconteceu no Salão do Júri do Fórum Desembargador Raimundo Catunda. Crime aconteceu em agosto de 2017.
Lucas Matias de Lima, de 35 anos, foi julgado pelo júri popular pelos crimes de homicídio triplamente qualificado: por feminicídio, por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima; além do crime de ocultação de cadáver. Na época, ao ser preso na residência de parentes, ele se declarou pai de santo e afirmou que praticou o crime por estar "possuído por uma entidade".
Segundo a Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba, Rosiane Dantas da Silva, conhecida como Diana Pitaguary, foi assassinada pelo companheiro e enterrada no quintal da própria casa. Dentro da residência, os agentes apreenderam uma panela, um pedaço de pau e uma pá com manchas de sangue.
A mãe da vítima, Francisca Dantas, afirmou que o casal brigava muito e que chegou a alertar a filha sobre uma possível tragédia.
"Eles brigavam muito. Ele derrubava as coisas dela. Ela não conseguia ter nada porque ele quebrava. E eu dizia: 'Para você ficar assim é melhor se separar. Ele ir um para o lado e você para outro. Isso só termina em tragédia'. Ela não me escutou. Uma semana antes eu alertei ela. Numa sexta-feira e quando foi domingo foi quando ele tinha matado ela", disse.
A polícia disse ainda que Lucas Matias de Lima chegou a registrar o desaparecimento da esposa em um boletim de ocorrência, na Delegacia Metropolitana de Maracanaú.
Lucas afirmou em depoimento que a esposa desapareceu após sair de casa dizendo que iria visitar um ex-namorado. A polícia iniciou as investigações e chegaram a conclusão de se tratar de um feminicídio.
G1 CE
Nenhum comentário:
Postar um comentário