Terça, 01 de Agosto de 2023
O inquérito militar que investigou o papel dos militares na proteção do Palácio do Planalto durante os ataques em 8 de janeiro, absolveu as forças armadas e identificou “sinais de responsabilidade” na Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), segundo publicação do jornal Folha de S. Paulo.
A investigação concluiu que, com o planejamento adequado, a invasão do palácio poderia ter sido prevenida ou os danos reduzidos.
O relatório confidencial, datado de 2 de março com acréscimo em 14 de março, sinaliza de maneira genérica a responsabilidade da secretaria do GSI, sem especificar nomes.
Durante o evento, a secretaria estava sob a liderança do General Carlos Feitosa Rodrigues, nomeado em 2021 durante o mandato de Augusto Heleno, aliado de Bolsonaro, e retido no governo de Lula pelo General Gonçalves Dias. Dias renunciou em abril, após a circulação de imagens questionando o desempenho da secretaria no 8 de janeiro.
O inquérito militar ressalta que, sob a responsabilidade do GSI, “é claro” que “o planejamento, a ativação e a utilização” dos militares para “ações relacionadas à manutenção da integridade física do Palácio do Planalto e adjacências” são atribuições da secretaria.
O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF). Em fevereiro, ele decidiu que os militares envolvidos serão processados e julgados pelo próprio tribunal.
O inquérito militar também aponta as falhas da Secretaria de Segurança Pública do Governo do Distrito Federal, embora o departamento não tenha sido o foco da investigação.
Apresentação: Berenice Leite
Comentários: Emílio Kerber
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