Domingo, 30 de Janeiro de 2022
Uma recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE/RN) que estabelece critérios mais restritivos para a implementação de usinas e parques de energia eólica ameaça a liderança nacional do Rio Grande do Norte no segmento, segundo entidades representativas do setor.
O despacho, assinado pelos procuradores do Estado Marjorie Madruga Alves Pinheiro e José Marcelo Ferreira Costa, propõe que novos empreendimentos apresentem Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para projetos acima de 10 megawatts (MW).
Especialistas da área e empresários do setor são unânimes em afirmar que a exigência aumentará a burocracia para aprovação de projetos e consequentemente provocará uma migração dos investimentos para estados vizinhos, que possuem legislações mais claras.
No Ceará, por exemplo, só há exigência de estudos de impactos ambientais para projetos de energia acima de 150 MW. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), os benefícios superam os impactos ambientais de forma significativa, uma vez que a energia eólica é limpa e renovável.
Com 6,460 gigawatts (GW) de potência instalada, o RN é o maior gerador de energia eólica do País e responde por 30,53% de toda a produção nacional. É justamente esse protagonismo que está ameaçado, segundo o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz. “Nós temos um potencial hoje em projetos em andamentos de 5,01 GW contratados, então nós podemos subir para mais de 11 GW e é isso que está ameaçado. É muito preocupante. Precisamos rever isso, do ponto de vista ambiental e também da segurança jurídica”, comenta o dirigente.
Serquiz acrescenta que o Rio Grande do Norte precisa criar um ambiente legislativo mais seguro para atrair investimentos e usufruir do próprio potencial. “Temos tudo para continuar na liderança, não só por ser líder, mas para o bem do Brasil. Somos autossuficientes e temos condições de expandir isso. O Rio Grande do Norte é impressionante na questão das condições naturais. Nós só temos empreendedores buscando hoje o RN porque é o lugar onde tem os melhores ventos e a melhor radiação solar”, diz Serquiz, que representa a Fiern no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Conema).
A recomendação da PGE/RN foi editada porque o órgão vê “uma inconsistência “entre a regulamentação estadual do Conema e a resolução nacional do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A legislação do Rio Grande do Norte fixa os portes dos empreendimentos eólicos (e solares) em micro (até 5 MW); pequeno (de 5 a 15 MW); médio (de 15 a 45 MW); grande (de 45 a 135 MW); e excepcional (acima de 135 MW). No entanto, o Estado não faz distinção de eventual nível de degradação do meio ambiente e considera todos os empreendimentos eólicos como sendo de pequeno potencial poluidor, independentemente do porte.
Desta forma, os empreendimentos ficam liberados de apresentar o EIA/Rima ao órgão ambiental responsável que, no caso do RN, é o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Atualmente, é exigido somente o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) porque os empreendimentos estão enquadrados como pequeno potencial poluidor.
Investidores temem ‘fuga’ de investimentos
A recomendação da PGE representa um obstáculo para o desenvolvimento do setor, de acordo com Darlan Santos, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne). Ele cobra que a medida seja revista para evitar que empresas “fujam” para estados vizinhos. “O Rio Grande do Norte se coloca que quer atrair investimentos na área de energia renovável, respeitando todos os critérios ambientais e a legislação referente ao tipo de estudo ambiental, mas recai sob essa recomendação. De maneira muito brusca isso freia os investimentos, pondo em xeque a segurança jurídica para continuidade dos investimentos aqui no Estado”, diz ele.
OPINIÃO DOS LEITORES
Enquanto a Paraiba é Alagoas estão no espaço no desenvolvimento, o Rio Grande do Norte, capenga nessa cartilha, e quem perde e muito somos nós!
Cadê o senador Jean Paul? Ele não se coloca como pai das energizas renováveis no RN, taí onde ele tem conhecimento e pode ajudar
Ô RN sem sorte. Esse ano tiraremos o PT do poder.
Nas eleições votem de novo no 13 para acabar o restinho do estado
Essa mulher gosta de polêmicas desnessarias, foi assim na derrubada do hotel reis magos, e agora com essa questão de só que dessa vez tem uma repercussão financeira negativa enorme. Na verdade, estamos vivendo com prejuízo por atos irresponsáveis de agentes públicos que a cada dia nos trazem retrocesso ético, social e financeiros, enquanto povo vira bibelôs desses que se beneficiam desse sistema colapsado.
Parece até q é um assunto técnico jurídico. Tenho certeza q na PGE não tem ninguém habilitado/capacitado pra.elaborsr um EIA/RIMA
O IBAMA é um órgão federal portanto quem determina essa política ambiental é o governo federal. A procuradoria não tem poder de lei nem muito menos embargar sem embasamento do Ibama somente sugerir.
4691 deve ser número de presidiário, mais gostaria de dizer que você está equivocado, não é so o IBAMA que determina, o Idema também, se você não sabe, esses projetos tem que ter Licenca do Idema também e o Idema é um órgão ambiental do estado.
Quem perde como sempre é o RN, em geração de emprego e renda, e impostos. Investidor investe num lugar onde lhe ofereça segurança jurídica e a certeza do retorno de seu investimento.
Burocratas marajás sempre criando dificuldades para o desenvolvimento. São uns párias, verdadeiros soldados do atraso.
Eis um exemplo de mentalidade socialista. Ricos burocratas selecionando quem pode ganhar dinheiro.
Façam uma pesquisa e descubram o quanto essa procuradora tem dados pareceres que prejudicam o rn
Concordo, urge nas próximas eleições não eleger canhotos pra nenhum cargo muito menos executivos. São uma praga e atraso pra qualquer nação que desejar evoluir em todos os sentidos !
E boa parte deles faz isso se achando na melhor das intenções, julgado que o meros mortais não sabem tomar decisões.
Quando Nso é o MINISTÉRIO PÚBLICO e a PGE , esse povo não quer desenvolvimento no estado , passam férias na EUROPA, e acham lindo os CATAVENTOS, vivem jantando em JOÃO PESSOA, e comentam ; JP é ótimo , super segura a orla é organizada , passam 10 dias de feriados prensados em LIZOTIMA …tiram onda com LISBOA , te tão barato , aqui nada presta e ekescajudsm a afundar , esquecem que o salário de R$ 40.000,00 por mês vem de IMPOSTOS
Matéria consistente e preocupante. Chega de empobrecer mais ainda o RN
Parabéns. Foi esse mesmo ministério público que comprou aquele prédio decadente na Deodoro?