Quarta, 08 de Abril de 2020

Foto: Reprodução / Twitter
Após tanto se especular sobre sua demissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, permaneceu no cargo. E, em mais uma entrevista coletiva, nesta segunda-feira (6), ele voltou a contradizer o presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas de combate ao coronavírus. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump vive uma situação semelhante com o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci.
Há 36 anos na Casa Branca, o especialista em epidemias já passou pelos mandatos de Ronald Reagan, George Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, até chegar a Trump.
Coincidentemente, o assunto polêmico da semana - assim como no Brasil - foi a hidroxicloroquina. Semelhante à Bolsonaro, Trump quer introduzir o medicamento no país para tratar a Covid-19, apesar da eficácia não comprovada. Semelhante à Mandetta, Fauci resiste à ideia e, a cada vez que diverge publicamente do presidente americano, sua demissão é especulada pelos bastidores da política local.
Vale lembrar que, na semana passada, Trump chegou a anunciar que retomaria as atividades de comércio na páscoa (12 de abril). No entanto, após Fauci discordar da medida, o presidente voltou atrás e prorrogou o isolamento até o dia 30 de abril.
Na última quinta-feira (2), de acordo com o Jornal O Globo, após sofrer ameaças da extrema direita nas redes sociais, Fauci inclusive precisou ter sua segurança reforçada.
Atualmente, os Estados Unidos são o epicentro mundial da pandemia de Covid-19. Já são mais de 300 mil casos, que resultaram em mais de 10 mil mortes. O Sistema de Saúde, principalmente em Nova York, já está com dificuldades de suportar a demanda.
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