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sexta-feira, 13 de março de 2020

Ernesto cancela agendas nos EUA após Wajngarten testar positivo para coronavírus

Sexta, 13 de Março de 2020


por Marina Dias | Folhapress

Foto: Reprodução / Twitter

As reuniões que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, teria com autoridades americanas em Washington nesta quinta-feira (12) foram canceladas depois da confirmação de um caso de coronavírus na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, que estava nos EUA no último fim de semana.

O secretário de Comunicação do governo brasileiro, Fábio Wajngarten, testou positivo para o vírus após voltar da Flórida, onde acompanhou Bolsonaro em viagem oficial.

As agendas estavam mantidas até pelo menos o meio da manhã desta quinta, mas foram canceladas, segundo um porta-voz da Secretaria de Tesouro dos EUA, logo após virem à tona as notícias sobre o secretário do governo brasileiro.

No sábado (7), Wajngarten, 44, encontrou-se com o presidente dos EUA, Donald Trump, durante um jantar em Mar-a-Lago, o resort do presidente americano perto de Miami.

Questionado nesta quinta sobre o caso confirmado na comitiva brasileira, Trump afirmou que não estava preocupado com o tema.

Ernesto viajou à Flórida ao lado de Bolsonaro e Wajngarten de sábado a terça-feira (10) e, nesta quinta, teria uma série de compromissos em Washington, como uma reunião com o subsecretário do Tesouro americano, Brent McIntosh, e o diretor do conselho nacional de Economia dos EUA, Larry Kudlow, entre outros.

Kudlow tem 72 anos e, portanto, está no grupo de risco para o coronavírus, enquanto McIntosh tem 46. Ernesto, por sua vez, tem 52.

O chanceler brasileiro não apresenta sintomas causados pelo coronavírus até agora, mas decidiu antecipar sua volta ao Brasil. Nesta quarta (11), ele já havia se reunido com o secretário de Estado, Mike Pompeo, e divulgado fotos apertando a mão do americano.

No Tesouro, Ernesto iria confirmar a adesão do Brasil ao "América Cresce", programa que promove e financia projetos de infraestrutura na América Latina. Há outros países que participam do programa, como Colômbia e Chile, com acesso a uma carteira de investimentos de US$ 60 bilhões.

A assinatura do acordo, porém, já havia sido feita de maneira eletrônica pelo Ministério da Economia brasileiro e o governo americano.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a crise do coronavírus como pandemia, e Trump, que minimizava a doença até esta semana, fez um pronunciamento à nação nesta quarta-feira no qual anunciou diversas medidas, entre elas a suspensão dos voos da Europa para os EUA por um prazo de 30 dias.

Bolsonaro e toda a comitiva foram alertados pela equipe médica do Planalto para monitorar sintomas. O presidente brasileiro fez o teste, e o resultado sairá nesta sexta-feira (13).

O Planalto afirma que comunicou às autoridades americanas sobre o caso de Wajngarten para que as medidas cautelares necessárias sejam adotadas.

O senador Rick Scott, por exemplo, que encontrou com Bolsonaro e sua equipe na segunda-feira (9), anunciou hoje que se colocou voluntariamente em quarentena por precaução.

A Casa Branca, por sua vez, disse que Trump e seu vice, Mike Pence, tiveram pouco contato com Wajngarten e que, por isso, não precisam ser testados para o coronavírus.

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