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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Celso de Mello afirma que trabalho de Teori Zavascki na Lava Jato foi 'impecável'

Quinta, 02 de Fevereiro de 2017 

por Cláudia Cardozo
Foto: STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu oficialmente o ano Judiciário nesta quarta-feira (1º), com homenagens solenes ao ministro Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no último dia 19 de janeiro. A cadeira ocupada pelo ministro recebeu uma toga. Ao ministro Celso de Mello, decano do STF, coube a função de fazer a homenagem a Teori em nome do tribunal. O decano saudou, principalmente, os servidores do gabinete do ministro, e afirmou que a morte de Teori foi algo muito “doloroso”. “O saudoso ministro Teori Zavascki destacou-se como um dos grandes juízes do Supremo Tribunal Federal, seja por suas virtudes peregrinas, seja por sua incomparável dignidade pessoal, seja por seu notável talento intelectual, seja por sua inquestionável integridade profissional, seja ainda, por sua sólida formação jurídica", afirmou Celso de Mello. O ministro ainda pontuou que a nomeação de Teori foi uma sinalização do Poder Executivo e pelo Poder Legislativo de que o Brasil precisa ter um Poder Judiciário que correspondam aos anseios dos cidadãos. Salientou que Teori julgou “sem refletores das celebridades”. Celso de Mello disse que Teori deixou a Corte em um momento de “grave e profundas inquietações que tanto afetam a vida desse país”. Disse que os demais colegas de Corte consideravam a condução dos processos da Lava Jato no Supremo como “impecável”. “Acho que a melhor forma de honrar sua memória é continuarmos esse trabalho com a mesma seriedade, com mesma dedicação, tentando mudar o país dentro da Constituição e das leis”, disse o decano. “Quem vier a substitui-lo estará imbuído desse espirito e dessa missão que a vida lhes reservou”, destaca. Ainda em sua fala, afirmou que o trabalho da Corte deve ser inspirado por Teori contra atos ilícitos e que o Supremo “não hesitará, agindo sempre com isenção, serenidade, respeitando direitos e garantias fundamentais do cidadão”, para restaurar a “integridade da ordem jurídica violada”. Também reforçou que o Judiciário precisa de magistrados livres, “como sempre foi Teori”. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também se pronunciou na solenidade. Para Janot, Teori “honrou a toga” e que é preciso que os membros do Ministério Público honrem “a memória e o legado desse grande brasileiro”.

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