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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Opinião: O dilema do País em crise

Sexta, 06 de Maio de 2016
por Samuel Celestino
Waldir Maranhão, o novo Cunha | Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados

Quando, na manhã desta quinta-feira (5), o possível futuro presidente, Michel Temer, tomou conhecimento da decisão em liminar do ministro Teori Zavascki, afastando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aturdido com a informação, chamou um dos seus áulicos e perguntou quem ficaria na presidência da Casa. Foi-lhe respondido que seria o vice-presidente, Waldir Maranhão. Por aí, se vê a que ponto chegou a crise política. A da economia passou a ser pouco lembrada. Quem então seria pior no cargo, Cunha ou Maranhão? Ambos estão envolvidos na Operação Lava-Jato e responderão a processos. Assim, tanto faz como tanto fez. Os dois representam o que há de pior na República, acompanhados de boa parte dos deputados federais, também enroscados na corrupção que se alastrou nos dois governos petistas. Waldir Maranhão é oriundo do baixíssimo clero, é parceiro de Eduardo Cunha e lhe prestava favores, fazendo o que ele lhe mandava. No final da tarde de ontem, como é do conhecimento, o Supremo Tribunal Federal, à unanimidade dos seus membros, decidiu afastar Cunha da Presidência da Câmara por tempo indeterminado. Fica Maranhão ou se arranjará um jeito de afastá-lo também para a eleição de um novo presidente? Estabelece-se uma dúvida que só os deputados terão que avaliar. Enquanto isso, a imagem na mídia internacional piora o conceito do País lá fora e não é para menos. Nesta turva situação, a crise se avoluma a cada momento. Na próxima semana, o Senado decidirá o que acontecerá em relação ao afastamento da presidente Dilma. Há de se lembrar que Michel Temer é tão impopular quanto ela, seu possível futuro governo é uma incógnita, e por aí o Brasil vai descendo a ladeira.

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