Sábado, 16 de Abril de 2016
Foto: Orlando Brito / Obrito News
O Partido dos Trabalhadores entrou com pedido nesta sexta-feira (15) para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigue nove empresas que trabalharam na campanha presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG), em 2014. O pedido ainda inclui que os dados sejam repassados para apurações que estejam em andamento, como da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. De acordo com a Folha, há suspeitas de irregularidades nos serviços e no registro dos gastos com empresas na prestação de contas do senador. O PT afirma que prestadoras de serviços receberam pelo menos R$ 66 milhões dos cofres da campanha do PSDB, principalmente na área de comunicação. "O candidato informou ao TSE que a prestação de serviços seria de criação e inclusão de páginas na internet, todavia, um dos sócios da empresa é justamente fotógrafo do candidato", diz o PT na ação, segundo a Folha. O partido questiona também a contratação da 2014 Comunicação LTDA, que teria recebido R$ 59 milhões, cujo contrato de prestação de serviço não teria sido localizado na prestação de contas. "Uma empresa localizada em apenas uma sala de edifício comercial na capital mineira possa prestar serviços de produção de rádio e televisão, com efeito, seriam necessários estúdios, salas de gravação, ilhas de edição, entre outros, carecendo assim de verossimilhança quanto à entrega do produto contratado", diz o texto. Outro problema apontado é a incompatibilidade do serviço prestado pela empresa VTG Marketing e Relacionamento, especificamente para análise do objeto da prestação de serviço de entrega de premiações. Segundo o PT, há precedentes no TSE que permitem o envio das informações para investigação, como a decisão do ministro Gilmar Mendes, que em 2015 pediu apuração de sete empresas que prestaram serviços para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e receberam R$ 23 milhões. A ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora das contas de campanha de Aécio, deverá analisar a solicitação. A defesa do senador não foi localizada para comentar o assunto.
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