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sábado, 9 de abril de 2016

Moro envia ao STF documentos da Mossack Fonseca apreendidos na Lava Jato

Sábado, 09 de Abril de 2016 

Juiz Sérgio Moro | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Documentos aprendidos na 22ª fase da Operação Lava Jato, chamada Triplo X, foram enviados pelo juiz Sérgio Moro para o Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o Estadão, todos os documentos foram apreendidos pela Polícia Federal na filial da Mossack Fonseca. A decisão do juiz atende a uma determinação do ministro Teori Zavascki que mandou o magistrado encaminhar todas as investigações que pudessem implicar Lula para o Supremo depois que vieram à tona os grampos do telefone do ex-presidente nos quais ele conversa com autoridades com foro privilegiado, como a presidente Dilma Rousseff. A Mossack entrou na mira da Lava Jato pois uma offshore criada por ela era detentora de um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá, vizinho ao apartamento atribuído ao ex-presidente Lula, que chegou a adquirir uma cota do empreendimento, mas depois desistiu do negócio. A suspeita da Lava Jato é de que a offshore foi usada para ocultar patrimônio oriundo do esquema de corrupção na Petrobrás. Diante destas suspeitas, a filial brasileira da firma panamenha, localizada na Av. Paulista, foi alvo de buscas da Polícia Federal no dia 27 de janeiro. Não há relação da offshore com o apartamento atribuído ao ex-presidente Lula. Os Panama Papers, que trouxeram à tona todos os dados dos clientes da Mossack no mundo, revelaram que ao menos 1.400 brasileiros contrataram os serviços da empresa, incluindo grandes empresários, políticos e até famosos, como o cantor Roberto Carlos, que declarou sua empresa à Receita Federal. Pela legislação brasileira, não é crime possuir offshore – empresa sediada em paraíso fiscal – desde que ela seja declarada à Receita Federal.

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