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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Maior parte da receita de empresas de João Santana veio do exterior, diz defesa

Sábado, 27 de Fevereiro de 2016 

por Ana Fernandes e Ricardo Chapola | Estadão Conteúdo
Foto: Reprodução / Veja
Os advogados tributaristas do marqueteiro João Santana afirmaram, nesta sexta-feira (26), que ele e a mulher Monica Moura não são corruptos nem corruptores, e que recursos recebidos no exterior são oriundos do trabalho deles como publicitários. A estratégia da defesa do marqueteiro, preso na terça (23) durante fase da Operação Lava Jato, é apontar que o casal cometeu apenas irregularidades tributárias. "O dinheiro é proveniente do trabalho deles. Eles não são corruptos, corruptores, intermediários de valores, nem políticos; 100% dos clientes deles são da iniciativa privada, partidos políticos e empresas que decidiram contribuir com esses partidos e contribuíram nessas contas (no exterior)", afirmou o advogado tributarista Igor Nascimento. Em apresentação a jornalistas, Nascimento e seu sócio Vitor Martins Flores mostraram gráficos sobre as empresas do casal no exterior. A defesa enfatizou que a maior parte da receita do casal de 2010 a 2014 veio das atividades em outros países. As campanhas do PT, segundo a defesa, renderam R$ 170 milhões nesse período - incluindo campanhas municipais. A campanha de reeleição de Dilma somou R$ 80 milhões. Questionado se receber de empresas por campanhas no exterior sem que os recursos passassem pelos caixas dos respectivos partidos não seria crime, a defesa foi evasiva. "Cada país tem sua regra, no Brasil seria ilegal. Nesses outros países não sei dizer, porque não é minha área de atuação", disse Nascimento. O casal atuou em campanhas em países como Venezuela, Angola, República Dominicana e Panamá. A defesa aposta na estratégia de os clientes assumirem "erros" tributários, que podem ser resolvidos com pagamento de imposto e multas, para liberar o casal da prisão temporária. "Eles admitiram os erros deles abertamente e estão consertando isso", disse o advogado. "Estamos diante de um simples caso de sonegação fiscal. Eles, pagando os tributos que deixaram de ser pagos, não terão responsabilidade criminal, pois a lei lhes dá essa garantia", defendeu.

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