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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Com troca de farpas, Janot nega acusações de Collor e ironiza pedidos de impeachment

Quinta, 27 de Agosto de 2015 


por Rebeca Menezes
Foto: Reprodução / TV Senado
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou todas as denúncias feitas pelo senador Fernando Collor de Mello (PTB) durante a sabatina do advogado nesta quarta-feira (26), realizada no Senado. O sexto a fazer perguntas para Janot, Collor abusou das ironias e o acusou de atuar em ação contra a Braskem, empresa ligada à Petrobras e, logo, contra a União. De acordo com o procurador-geral, ele atuou em um processo da à época Ortemg contra a empresa Trikem para a retirada de sócios minoritários. “Apenas no final do processo, que tramitava em julgado, é que a empresa foi adquirida pela Braskem”, alegou. Ao ser questionado sobre o aluguel irregular de uma mansão, no valor de R$ 67 mil mensais por cinco anos, Janot explicou que a empresa responsável pelo contrato apresentou um alvará falso, com plantas arquitetônicas que não eram equivalentes ao espaço. “Logo que se soube desses fatos, antes de qualquer manifestação de senadores, houve a rescisão do contrato, a devolução dos aluguéis e a instalação de processo penal para investigar o crime de falsidade ideológica”, explicou. O procurador negou, ainda, que tenha havido irregularidades na contratação de uma empresa de publicidade, a Oficina da Palavra, sem licitação – contrato que teria sido considerado válido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – ou do assessor de Comunicação da PGR, que deixou o cargo em julho deste ano. Segundo ele, seu assessor tem um currículo “brilhante” e deixou a vaga por decisão particular. “E a Oficina da Palavra não é uma empresa se publicidade. Ela presta consultoria e treinamento de Media Training para membros da PGR, além de funcionários de vários ministérios públicos e magistrados”, esclareceu. Janot se recusou, contudo, a responder dois dos questionamentos feitos pelo senador. O primeiro, quando Collor sugeriu que ele deu “guarita” a seu irmão, que seria procurado por crimes praticados na Bélgica em 1995. Por causa dos delitos, o homem foi inserido na difusão vermelha – lista que define a busca pelo criminoso “onde estiver”. “Eu não vou me referir a esse episódio porque não comento sobre pessoas que não estão presentes. Meu irmão morreu há cinco anos. E em respeito aos mortos, não participarei dessa exumação pública de um homem que sequer pode se defender”, disse, emocionado. A segunda recusa foi sobre petições do Senado que, segundo Collor, foram “negligenciadas” pelo procurador. “As petições que eu teria ocultado da CPI são as apresentadas pelo próprio senador [Collor], que pediu o meu impeachment em quatro situações. E em respeito ao meu cargo eu não vou comentar. Que caiba aos senadores processarem as petições e avaliarem o meu eventual impeachment”, alfinetou.

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