Terça, 25 de agosto de 2015

RIO - Preso há nove meses e já condenado a 16 anos de reclusão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o lobista Fernando Antônio Falcão Soares, o Fernando Baiano, busca na delação premiada um caminho para livrar-se das grades. O advogado Sérgio Riera, que assumiu o caso no início do mês, disse neste domingo que está conversando com a família de Baiano sobre a hipótese. O lobista é um personagem-chave na denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Riera explicou que a família quer entender como funciona um acordo de delação premiada. O principal interlocutor do advogado é Gustavo Soares, irmão de Baiano:
- Não há nada fechado. A decisão caberá ao meu cliente e seus parentes. Não quero tomar partido.
Riera assumiu o caso no lugar do criminalista Nélio Machado, cuja postura contrária a acordos de delação premiada é conhecida. O novo defensor de Baiano não confirmou se as informações oferecidas pelo cliente para fechar o acordo teriam sido rejeitadas pelo Ministério Público Federal, por não ser suficientemente esclarecedora sobre o papel de Eduardo Cunha no escândalo.
A maior aposta dos investigadores é que Baiano avance sobre a delação premiada do empresáio Júlio Camargo, base da denúncia contra o presidente da Câmara. De acordo com ele, a partir de 2006, a coreana Samsumg Heavy Industries passou a pagar propina em troca de contratos de aluguel de navios para a Petrobras. O delator diz que recebia o dinheiro da empresa e repassava parte dele ao operador do PMDB na estatal, Fernando Baiano. Este, por sua vez, encaminhava uma fração para Eduardo Cunha.
Riera disse ainda que vai recorrer da condenação. Baiano é réu em outras duas ações.
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Fonte: J. Belmont
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