Sexta, 27 de Março de 2015
Foto: Informativo dos Portos
O Grupo Opportunity, do empresário baiano Daniel Dantas, pode ter fraudado o consórcio vencedor do leilão da concessão de uma das áreas do Porto de Santos, o maior terminal de contêineres da América do Sul, em 1997. De acordo com gravações obtidas pelo Bahia Notícias nesta quinta-feira (26), um dos sócios do grupo detalhou a fraude, em que o Opportunity Fund, controlador da empresa Santos Brasil S/A, responsável pela administração do terminal, funcionaria como um “guarda-chuva”, em que grupos impedidos pelo edital de participar do certame atuariam como consorciados ocultos. “Tem uma estrutura que foi executada com uma formatação que tem uma irregularidade definitiva. Tinha uma regra que estabelecia um limite de participação para pulverizar o controle. Nós organizamos e fizemos uma estrutura e, no meio do caminho, teve um investidor que queria ter uma participação maior, mas ele tinha uma restrição também fruto do edital. Então a gente montou uma estrutura e ele ficou por baixo do pano”, explica o sócio, que por questões de segurança não pode ser identificado. Segundo denúncia, o Grupo Libra, detentor de outra concessão na área de contêineres, não poderia participar do leilão e, a partir da associação com o Opportunity Fund, foi parte do processo. A operação para arremate do terminal de contêineres já foi alvo de investigação da Polícia Federal, na Operação Satiagraha, em 2008. À época, o banqueiro Daniel Dantas foi acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
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