Domingo - 10/08/2014
Por Inácio Augusto de Almeida
Isto sempre foi assim e não é você que vai mudar.
Eis o bordão principal dos que se cevam na corrupção e tentam convencer os verdadeiros seguidores de Cristo de que não é possível modificar o quadro de miséria e atraso gerado pela corrupção.
Logo em seguida emendam com o clássico:
Observe como você fica isolado e sofre.
Quantos eram os apóstolos? Uma dúzia, somente uma dúzia. E destes um era falso, o outro O negou por três vezes e os restantes não apareceram no momento de maior sofrimento.
Quem mais viveu isolado neste mundo do que Cristo?
Quem mais mudou o mundo do que Cristo? Terminou numa cruz. Mas por ter pregado e divulgado o conhecimento libertador, o trabalho que engrandece e a honestidade que glorifica, vive até hoje dentro dos corações de todos os que acreditam no bem.
Quando na idade média os povos viviam na mais extrema miséria para que uma corte corrupta pudesse viver no fausto, os hipócritas de então prometiam um mundo maravilhoso que só seria conseguido através do sofrimento. E assim mantinham os explorados alimentados por esta falsa esperança num conformismo que possibilitava a manutenção daquele sistema altamente injusto.
Mas para os hipócritas de então não era necessário o sofrimento a fim de alcançar a vida maravilhosa que prometiam aos que conheciam o espectro da fome, trabalhavam de sol a sol e viam suas filhas serem transformadas em prostitutas para desfrute nos festins da corte corrompida. Festins dos quais os hipócritas participavam, seja no apoio moral que davam à canalhice, seja aproveitando o que para eles eram as delícias da carne.
E aos que levantavam a voz contra toda esta imundície ameaçavam com a fogueira em praça pública. Fogueira que levou à morte tantos gênios da humanidade.
E mesmo depois que mudanças radicais aconteceram, insistiram na manutenção deste modelo imundo.
Quantos não elogiaram a excelente galinha que degustaram nas mesas dos fazendeiros enquanto ouviam os gritos dos escravos sendo açoitados nos pelourinhos? E entre elogios ao almoço delicioso a que manjares de leite e coco se seguiam, validavam a ignomínia, esquecendo-se que há dois mil anos um homem tinha morrido na cruz por pregar a igualdade entre os filhos de Deus…
Hoje procedem da mesma maneira quando em troca de doações calam frente à corrupção e a injustiça social. Amortecem as consciências dando a entender a existência de uma disciplina que os sujeitam a uma obediência servil.
E hipocritamente pregam o amor entre os homens.
Pregam, mas não praticam.
Ou não foi assim quando receberam doações de Mussolini e de Hitler? Alguma vez naquela época denunciaram o genocídio praticado contra os judeus? Calaram.
E até os dias de hoje calam.
Calam porque é conveniente calar. Calam porque as doações falam mais alto.
Assistem a todo tipo de corrupção e calam.
Validam todo tipo de caráter, já que testemunham o canalha afirmar que o outro é corrupto e ao ver os dois juntos lembra-se apenas das possíveis doações que poderão acontecer.
Felizmente, Deus na sua suprema bondade está aos poucos abrindo a visão dos seus filhos. E esta abertura tem que ser aos poucos.
A saída das trevas, se não feita de forma paulatina, pode causar cegueira. E Deus não nos quer cegos.
Deus nos quer livres e FELIZES.
Aos hipócritas a vala do esquecimento.
Que Deus nos proteja.
Inácio Augusto de Almeida é jornalista
Fonte Carlos Santos
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