
Mais de três anos após a execução de Idelfonso Maia Cunha, o ´Mainha´, a policia parece ter chegado ao autor material do crime.
Ele seria José Delano Diógenes, o ´Delaninho´, que até o dia 1º de junho, quando foi preso em um shopping de Mossoró, no estado do Rio Grande do Norte, sob a acusação de ter cometido um homicídio em Russas, figurava como um dos homens mais procurados do estado do ceará, pela prática de homicídios e assaltos a bancos.

A informação foi obtida, com exclusividade, pela reportagem, com uma fonte do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIP). O servidor que repassou os dados da investigação diz que há tempos ´Delaninho´ estava sendo investigado como executor de um dos maiores pistoleiros do Ceará.

´Mainha´ foi assassinado no dia quatro de janeiro de 2011, com nove tiros de pistola, enquanto passeava montado em um burro, pelo Conjunto Prourb, em Maranguape.
No momento em que foi atacado, estava desarmado. Na época do crime, a Polícia disse que os suspeitos eram dois homens, que estavam em um carro preto. O também pistoleiro Manoel Carneiro Neto, o ´Manoel Preto´, que era rival declarado de ´Mainha´, chegou a ser apontado como responsável pelo crime, mas sua autoria não foi comprovada. ´Manoel Preto´ foi morto a tiros, no último 14 de dezembro de 2013, em um parque de vaquejada de Tabuleiro do Norte.
No começo de 2013, ele tinha sido ouvido no DIP, por conta de outros crimes e negou que tivesse matado ´Mainha´. "Ele disse que foi duas vezes a Maranguape, com um outro inimigo de ´Mainha´ para matá-lo, mas não conseguiram pegá-lo.
Afirmou com segurança que se a oportunidade tivesse aparecido teria matado, mas não apareceu", disse o servidor da Polícia Civil. Quando ´Manoel Preto´ foi descartado, surgiu um elemento que serviu como prova inegável da participação de ´Delaninho´ na execução, conforme considerou o policial, que terá a identidade preservada. "A morte do ´Mainha´ faz parte de uma grande confusão, que envolve uma série de crimes anteriores.
A verdade é que várias pessoas disponibilizaram dinheiro para contratar um matador, que tirasse a vida dele e a pessoa contratada foi o ´Delaninho´", disse a fonte da Polícia Civil. Segundo as investigações, a morte de ´Mainha´ estaria fortemente ligada à morte do fazendeiro da Região Jaguaribana, Mardônio Diógenes. "O ´Mainha´ era amigo da família e ficou muito indignado com a morte de Mardônio.
Diante das muitas confusões que já tinha com a Justiça, ele contratou um matador de aluguel para ´apagar´ o executor de seu amigo. Ele só não contava que o pistoleiro iria contar ao rapaz, que tinha recebido uma proposta para assassiná-lo", contou o policial civil. A partir do momento em que a informação ´vazou´, o homem que seria executado montou o que a polícia denominou como ´consórcio´ para financiar a morte do maior pistoleiro do estado. "Ele procurou os maiores inimigos do ´Mainha´ e conseguiu juntar a quantia de R$ 45 mil para custear o crime.
Pessoas das cidades de Pereiro, Jaguaribe, Jaguaretama e Tabuleiro do Norte, ambas no Vale do Jaguaribe, participaram da cota". ´Mainha´ estava nas proximidades de sua casa e não imaginava que pudesse ser morto pelo rapaz, conforme a polícia. "Quando ´Mainha´ soube que o ´Manoel Preto´, a quem ele chamava de ´Infeliz´, estava andando por Maranguape, registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.), no dia 28 de dezembro de 2010, por ameaça.
Mal sabia ele, que a pessoa que o mataria seria um conhecido, que abaixou o vidro do carro e acenou para ele, antes de dar a volta e pegá-lo pelas costas", disse a fonte da Polícia Civil. Histórico José Delano Diógenes tem extensa ficha criminal e um histórico de fugas de unidades prisionais. Ele foi transferido para o Ceará para local não informado por questões de segurança.
Fonte Diário do Nordeste./ Ferreira Monte
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