Detentos do Presídio Provisório Raimundo Nonato Fernandes, na zona Norte da Capital, se rebelaram na manhã de hoje. A revolta aconteceu após operação padrão realizada pelos agentes penitenciários, impedindo a entrada de comida na unidade e, posteriormente, a visita de familiares.
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Neste momento, o motim está controlado na zona Norte, mas, segundo informações do comandante da Polícia Militar Coronel Araújo, os presos destruíram toda a estrutura do presídio, quebrando grades e queimando colchões. No final da tarde deste domingo (01), 50 detentos foram transferidos para o Presídio de Alcaçuz.
ALCAÇUZ
Há ameaça de que rebelião parecida possa ocorrer ainda hoje no Presídio de Alcaçuz. O comandante da PM autorizou o reforço das equipes. “Neste momento (14h30), estão se deslocando para Alcaçuz equipes do Bope e Choque para garantir o fechamento das celas do presídio após a visita. Nossa preocupação maior é evitar um motim em Alcaçuz que é o maior do Estado – e neste momento está com visita de familiares em andamento”, explicou Coronel Araújo.
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Reunião entre o comandante-geral e componentes da PM para definir ações acerca dos motins

Neste momento, o secretário estadual de Justiça e Cidadania, Júlio César, está reunido com sua equipe no Centro Administrativo para adotar providências e evitar que motins parecidos ocorram em outras unidades penitenciárias do Estado.
Sábado passado, os agentes penitenciários iniciaram uma greve, mas segundo Júlio César, desde quinta-feira (29) – atendendo a um pedido do Governo do Estado - a desembargadora do TJ Judite Nunes considerou ilegal o movimento grevista e estipulou multa de R$ 10 mil/dia ao sindicato, em caso de descumprimento. Ontem, com a insistência da greve, uma outra determinação judicial aumentou a multa para R$ 100 mil/dia para o sindicato e R$ 1 mil/dia para a presidente da instituição , Vilma Batista.
“Como os agentes estavam impedidos de fazer greve, realizaram operação padrão, impedindo a entrada de comida nas visitas. Isso resultou em motim ontem em Parnamirim, com 19 celas destruídas, e hoje na zona Norte, com toda a estrutura destruída”, explicou Júlio César.
Segundo o titular da Sejuc, os agentes estão reivindicando aumento salarial que elevariam os salários de R$ 3 mil para até R$ 9 mil. “Há menos de um ano, concedemos a última parcela 30% de reajuste para a categoria. Compramos carros, demos autonomia à categoria – tanto que 90% das unidades são administradas hoje por agentes... Estamos fazendo o possível, mas o sindicato não foi sensível a essas nossas explicações, o que é lamentável”, argumentou Júlio César.
Fonte: tribuna do Norte
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