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sábado, 20 de dezembro de 2025

Filho, irmão, ex-nora, vice-líder no Senado... Não é mera coincidência. Eles voltaram à cena do crime

 Sábado, 20 de dezembro de 2025





Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Lula, é mencionado em documentos enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. As informações foram encaminhadas com base em depoimento colhido pela Polícia Federal (PF). Segundo o material, um ex-funcionário de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", afirma que Lulinha teria recebido valores mensais que poderiam totalizar R$ 25 milhões.

O depoente caracteriza os pagamentos como uma "mesada" de aproximadamente R$ 300 mil por mês, conforme consta nos documentos enviados à CPMI que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social.

O irmão do presidente, conhecido como Frei Chico, também aparece nos relatórios investigativos. Ele é dirigente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade vinculada à Força Sindical que está sendo investigada por supostos descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Entre 2019 e 2024, a arrecadação proveniente desses descontos questionados pelas autoridades chegou a R$ 259 milhões, de acordo com documentos oficiais. O relator da CPMI apresenta valores superiores em seus relatórios, indicando que o montante total dos descontos realizados durante todo o período investigado alcançaria quase R$ 600 milhões.

A PF também investiga Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente, mas que aparentemente ainda tem relações com o filho, Marcos Cláudio. Ela foi alvo de operação policial por suspeitas de fraudes e desvios em contratos educacionais. As investigações apontam que ela teria participado na liberação de recursos do Ministério da Educação para a empresa Life Tecnologia Educacional.

A companhia recebeu contratos para fornecimento de kits e livros escolares que somam aproximadamente R$ 70 milhões, segundo documentos da investigação em andamento.

As apurações envolvem três familiares do presidente - irmão, filho e ex-nora - em casos relacionados a recursos federais. As investigações são conduzidas por órgãos oficiais como a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União, baseando-se em depoimentos formais. Os citados têm direito à ampla defesa, mas o ponto político é cristalino: não se trata de figuras periféricas, e sim de irmão, filho e ex-nora de um presidente da República aparecendo em casos ligados ao INSS e a verbas federais. Chamar isso de "coincidência infeliz" é subestimar a inteligência do país.

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